Claudio Fernandes, da Tribuna da Imprensa
Uma manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tornou possível a aprovação, nesta terça-feira, da urgência do PL 2630, chamado PL da Censura. Um acordo para que a votação acontecesse de forma nominal e sua aprovação se desse com maioria absoluta (2/3 da casa) havia sido feito momentos antes em uma reunião de Lira com líderes dos partidos de oposição e governistas.
No plenário, porém, o que aconteceu foi um acalorado debate, com diversos parlamentares divergindo sobre o que foi acordado. Após uma série de acusações de parte a parte, quando inclusive Arthur Lira atacou e foi atacado por parlamentares, o placar acabou em 238 a 192 a favor da urgência.
A consequência maior da aprovação é a de que, com isso, o projeto não será discutido nas comissões, passando a frente de outros. Sendo assim, a análise do mérito (na prática a votação do PL) fica previsto para acontecer na próxima terça-feira, 2 de maio.
A oposição trata a possível aprovação do Projeto de Lei como a institucionalização da censura no Brasil.
Deputados também protestaram contra o encontro de Arthur Lira e Alexandre de Moraes, ministro do STF, durante a tarde desta terça-feira. Durante a reunião, Moraes apresentou, em papel timbrado do TSE, sugestões para o texto do PL, que sequer está finalizado e mesmo assim será votado em regime de urgência. Aprovado na Câmara, o Projeto de Lei vai para votação no Senado Federal.
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