O Ministério da Fazenda aumentou o otimismo para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, como já havia sido antecipado pelo ministro Fernando Haddad. Apesar do avanço nas projeções de instituições financeiras recentemente, o cenário do governo ainda aponta para um desempenho da atividade neste ano em um patamar bem superior ao do mercado.
De acordo com a grade de parâmetros divulgada nesta terça-feira, 23, pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para a expansão da atividade em 2023 passou de 1,6% para 1,9%. As estimativas foram utilizadas na confecção do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado na segunda-feira.
Segundo o Boletim Macrofiscal, o aumento reflete a divulgação de indicadores econômicos com resultados melhores do que os projetados para o primeiro trimestre e para o início do segundo trimestre. A SPE também revisou a projeção de crescimento para o PIB do 1º trimestre de 2023, 0,8% para 1,2%.
De acordo com a secretaria, isso ocorreu porque indicadores antecedentes para Agropecuária e Serviços sinalizam que a atividade expandiu acima do inicialmente projetado para o trimestre. Assim, se recuperando da retração observada no último trimestre de 2022.
PROJEÇÕES
“Destacam-se, nesse sentido, a LSPA, com aumento na previsão para a safra de grãos de 2023 de fevereiro a abril, as exportações de suínos e aves. Todas seguiram avançando frente à média dos últimos anos”, afirma.
Para os anos seguintes, as projeções para o crescimento da economia tiveram atualização para alguns anos, e outros não. Para 2024, a estimativa se manteve em 2,3%. Já para 2025 também houve manutenção, em 2,8%. Para 2026, a estimativa passou de 2,4% para 2,5%. E para 2027, a projeção está atualizada de 2,5% para 2,6%.
Segundo a SPE, a alta na previsão para o PIB de 2023 repercutiu, sobretudo, a revisão das projeções para o primeiro e segundo trimestre. A secretaria, todavia, destaca que a expectativa segue sendo de desaceleração mais acentuada da atividade no decorrer do ano. Dessa forma, repercutindo o efeito da política monetária contracionista nas condições de crédito bancário e no mercado de capitais.
De 2024 a 2027, a taxa de crescimento deve ficar entre 2,30% e 2,80% ao ano, segundo a SPE. A projeção de crescimento considera impactos positivos advindos de investimentos sustentáveis, diz a secretaria.
No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de 1,20% para o PIB de 2023. Para 2024, a estimativa no Focus é de alta de 1,30%. As estimativas de mercado para os anos de 2025 e 2026 estão em 1,70% e 1,80%, respectivamente.
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