Gabriel Galípolo: economista de 42 anos de idade é indicado pelo presidente Lula para presidente do BC. Foto: Divulgação
Nesta quarta-feira, 28 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou Gabriel Galípolo para assumir a Presidência do Banco Central e gerou movimentação no setor da economia brasileira. O escolhido de Lula tem 42 anos de idade e atuou na campanha do petista à Presidência da República, onde integrou a equipe de transição de governo, além de também atuar no Ministério da Fazenda, antes de assumir a Diretoria de Política Monetária do BC, cargo que ocupa hoje.
Muitos agentes do mercado financeiro esperavam de forma positiva a indicação de Galípolo para o cargo do BC, que foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O economista vai substituir Roberto Campos Neto à frente da autoridade monetária. No entanto, a indicação ainda passará por uma análise do Senado. Ou seja, caberá à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa realizar a sabatina de Galípolo e ao plenário principal referendar a indicação.
“A indicação ainda depende do Senado, mas posso afirmar que é uma honra ser indicado ao cargo de presidente do BC por Haddad e o presidente Lula”, disse o economista após a indicação.
Já Roberto Campos Neto afirmou, em nota, que “a transição será feita da forma mais suave possível.”
Carreira privada antes da vida pública: professor universitário é especialista em parcerias público-privadas (PPPs)
Economista experiente, Gabriel foi também presidente do Banco Fator, instituição conhecida por apostar em programas de privatização e parcerias público-privadas (PPPs), de 2017 a 2021. Na época, esteve à frente do banco durante os estudos para o processo de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Vale lembrar que o desenvolvimento de um modelo de parceria público-privada para a Cedae teve início em 2018 pelo consórcio liderado pelo Banco Fator junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Especializado no assunto, Galípolo deu inclusive aulas sobre PPPs e concessões na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp).
Na gestão pública, foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, em 2007, na gestão do então governador José Serra (PSDB). No ano seguinte, também no governo de Serra, ocupou o cargo de diretor de Estruturação de Projetos na Secretaria de Economia e Planejamento de São Paulo. No ano de 2009 fundou a Galípolo Consultoria, onde trabalhou até chegar ao Ministério da Fazenda e optar pela carreira pública.