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quarta-feira, 18 set, 2024

Economia

E-commerce brasileiro movimentou R$ 196,1 bilhões, em 2023, 4% a mais do que no ano anterior

Os smartphones são os produtos mais vendidos digitalmente no Brasil - Pexels
Os smartphones são os produtos mais vendidos digitalmente no Brasil - Pexels

Região Sudeste concentra o maior volume de transações digitais; Centro-Oeste e Norte, representam apenas 3% e 1,3%, das compras on-line

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), por meio do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, divulgou os resultados de um levantamento que apontou um crescimento de 4% do e-commerce brasileiro entre 2022 e o ano passado, quando as transações bateram US$ 196,1 bilhões. Segundo a sondagem, divulgada na última terça-feira (3), o comércio eletrônico brasileiro mais que que quintuplicou o volume de movimentação se comparado a 2016, pouco mais de R$ 39 bilhões.

Os Estados da região Sudeste: São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais concentraram, no ano passado, o percentual de 60% dos negócios on-line fechados. “Isso mostra que nós temos um trabalho árduo a fazer, que é o processo de inclusão digital e de distribuição de renda”, comentou o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Mdic, Uallace Moreira, para quem o e-commerce é crucial para a fomento da economia nacional.

Perfil de compras
A partir dos dados obtidos nas notas fiscais eletrônicas, fornecidas pela Receita Federal, o Observatório verificou que o produto mais transacionado é o smartphone, que ocupa o topo das vendas do e-commerce nacional. Em 2023, a comercialização do produto movimentou R$ 10,3 bilhões. Na sequência vêm a compra de livros, brochuras e impressos, com uma movimentação de R$ 6,4 bilhões; televisores, R$ 5,3 bilhões; refrigeradores e congeladores, R$ 5 bilhões; tablets, R$ 4,4 bilhões e complementos alimentares R$ 3,7 bilhões.

Segundo a Agência Brasil, os produtos preferidos pelos brasileiros variam de acordo com os estados. Os mineiros, por exemplo, preferem comprar calçados pela internet; os capixabas, aparelhos de ar-condicionado. Já catarinenses e paraibanos compram mais refrigeradores e congeladores; entre os goianos os carros são o principal produto comprado digitalmente, enquanto o livro foi o produto mais vendido para os brasilienses.

Adesão ao comércio online
Na análise por região, o estudo verificou que o Sudeste continua a dominar o cenário do e-commerce, concentrando 73,5%; seguida do Sul, 15,2%; Nordeste 7% das vendas; e as regiões Centro-Oeste e Norte, com apenas 3% e 1,3%, das vendas digitais do País. No que diz respeito à análise da região de onde foi feita a compra, a Sudeste sai na frente novamente, com 55,6% dos negócios fechados; seguido por Sul, com 16,8%; Nordeste, 15,8%; Centro-Oeste, 8,3%; e Norte, 3,3%.

Quanto ao fluxo de comércio eletrônico, as transações interestaduais são maiores, totalizando 62%, diante das que ocorreram dentro do próprio estado, que somam 38%.

Até o final deste ano, o MDIC e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) devem lançar o projeto E-commerce.BR, voltado para fomentar a adesão de pequenos negócios ao comércio online e a qualificação do desempenho financeiro através de soluções inovadoras, especialmente nas regiões onde o comércio eletrônico ainda é insipiente.

 

Patricia Lima