Empresa de compartilhamento de escritórios passa por crise financeira. Em São Paulo, ela também sofre ação de despejo por falta de pagamento de aluguéis
A empresa de escritórios compartilhados, WeWork, recebeu uma nova ordem judicial de despejo, na última terça-feira (17), devendo desocupar um imóvel localizado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A WeWork já havia sido condenada a desocupar o edifício Girassol 555, no bairro Vila Madalena, em São Paulo, segundo o fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa, um dos donos da unidade. As ações são referentes a atrasos nos pagamentos de aluguéis.
A ordem judicial fluminense determinada que a empresa de compartilhamento de escritórios deve desocupar, em até 15 dias, o prédio na Rua Hélios Seelinger, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O prédio, que está localizado em um ponto estratégico nas proximidades da estação de metrô, é um entre os mais de 20 endereços ocupados pela WeWork no Rio de Janeiro, segundo o Diário do Rio.
De acordo com o fundo imobiliário Fator Veritá Multiestratégia, proprietário parcial do imóvel, a WeWork não paga o aluguel desde junho de 2024, somando três meses de atraso.
O jornal O Globo apurou que, entre 30 de julho e 4 de setembro, a WeWork somava doze processos de despejo por atraso no pagamento de aluguéis. A empresa, no entanto, ainda não saiu de nenhum dos endereços por ela ocupados, estando em negociações com os proprietários das unidades comerciais.
No Rio de Janeiro, segundo O Globo, a companhia se mobilizou para a quitação das dívidas geradas por três aluguéis atrasados em seu principal endereço, a Torre Almirante, uma edificação de alto padrão, localizada no Centro da capital.
Enquanto a WeWork amarga uma crise, a sua concorrente Go Work trabalha no vácuo, ocupando os seus espaços vazios. A empresa fundada por Fernando Bottura e que opera em São Paulo, avalia ter fechado 33 contratos com ex-clientes da WeWork, com os acordos somando 316 estações de trabalho.
A Go Work projeta uma captação de outras 3 mil estações de trabalho da concorente, partindo de contatos com clientes atuais da WeWork. Além disso, a Go Work também negocia com nove proprietários de unidades comerciais para assumir os clientes da WeWork.
Reestruturação e recuperação judicial