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domingo, 6 out, 2024

Rio

We Work recebe ordem despejo de prédio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio

Empresa de compartilhamento de escritórios passa por crise financeira. Em São Paulo, ela também sofre ação de despejo por falta de pagamento de aluguéis

A empresa de escritórios compartilhados, WeWork, recebeu uma nova ordem judicial de despejo, na última terça-feira (17), devendo desocupar um imóvel localizado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A WeWork já havia sido condenada a desocupar o edifício Girassol 555, no bairro Vila Madalena, em São Paulo, segundo o fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa, um dos donos da unidade. As ações são referentes a atrasos nos pagamentos de aluguéis.
A ordem judicial fluminense determinada que a empresa de compartilhamento de escritórios deve desocupar, em até 15 dias, o prédio na Rua Hélios Seelinger, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O prédio, que está localizado em um ponto estratégico nas proximidades da estação de metrô, é um entre os mais de 20 endereços ocupados pela WeWork no Rio de Janeiro, segundo o Diário do Rio.
De acordo com o fundo imobiliário Fator Veritá Multiestratégia, proprietário parcial do imóvel, a WeWork não paga o aluguel desde junho de 2024, somando três meses de atraso.
O jornal O Globo apurou que, entre 30 de julho e 4 de setembro, a WeWork somava doze processos de despejo por atraso no pagamento de aluguéis. A empresa, no entanto, ainda não saiu de nenhum dos endereços por ela ocupados, estando em negociações com os proprietários das unidades comerciais.
No Rio de Janeiro, segundo O Globo, a companhia se mobilizou para a quitação das dívidas geradas por três aluguéis atrasados em seu principal endereço, a Torre Almirante, uma edificação de alto padrão, localizada no Centro da capital.
Enquanto a WeWork amarga uma crise, a sua concorrente Go Work trabalha no vácuo, ocupando os seus espaços vazios. A empresa fundada por Fernando Bottura e que opera em São Paulo, avalia ter fechado 33 contratos com ex-clientes da WeWork, com os acordos somando 316 estações de trabalho.
A Go Work projeta uma captação de outras 3 mil estações de trabalho da concorente, partindo de contatos com clientes atuais da WeWork. Além disso, a Go Work também negocia com nove proprietários de unidades comerciais para assumir os clientes da WeWork.
Reestruturação e recuperação judicial