O volume foi 79% maior do que o registrado em 2021, quando 804 mil turistas visitaram destinos fluminenses
O setor de Turismo do Estado do Rio de Janeiro tem registrado números absolutamente animadores. Somente em 2023, o Rio atraiu 1,4 milhões de viagens domésticas, 79% a mais do que o registrado em 2021, quando 804 mil turistas visitaram destinos fluminenses. O gosto médio por viajante também aumentou, passando para R$ 2.042 por pernoite, somando aproximadamente R$ 2,9 bilhões para a economia estadual e promovendo o giro do mercado de trabalho e da renda. As informações integram o módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgada na última quarta-feira (25) pelo Ministério do Turismo.
Sobre os números, o governador Cláudio Castro (PL) ressaltou que os resultados refletem os esforços feitos pelo Governo do Estado para desenvolver o setor de forma que ele retome a sua vocação de protagonista.
“A pesquisa do IBGE confirma que as atividades turísticas têm grande impacto e potencial de ampliar a economia e os dados coletados são extremamente importantes para as políticas públicas que desenvolvemos. Promovendo e incentivando o turismo no estado, favorecemos a população, pois mais empregos são criados, aumentando a renda local”, observou Cláudio Castro.
No levantamento foi verificado que, no ano passado, 55,1% dos entrevistados visitaram as cidades do Rio de Janeiro visando apenas o lazer; 33,4% teriam visitado familiares ou amigos; e 5,5% vieram ao Rio para fazer tratamento de saúde ou para comparecer a consultas médicas. Outros motivos representaram 5,9% das viagens ao Estado.
A secretária interina de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Fernanda Curdi, comentou que, apesar da predominância do lazer nos resultados consolidados, é necessário considerar o turismo de negócios, que é de grande importância para o Estado, que concentra uma quantidade significativa de empresas importantes nacionais e internacionais, especialmente do setor de petróleo e gás.
“Precisamos considerar, nesses números, o turismo de negócios, de grande importância para o Estado, uma vez que temos aqui a sede de importantes empresas nacionais e internacionais, principalmente do setor de petróleo e gás. Além disso, o Rio recebe, todos os anos, um número cada vez maior de congressos, conferências e eventos profissionais”, avaliou Fernanda Curdi.
Os resultados fluminenses provêm de um forte planejamento da Secretaria de Estado de Turismo que, desde 2021, tem intensificado a promoção do Rio de Janeiro como destino turístico no mercado nacional e internacional. Entre as estratégias adotadas estão a participação em feiras e eventos do segmento.
Diante de tamanhos esforços, não foi só turismo doméstico que prosperou, o número de turistas internacionais visitando o Rio de Janeiro também aumentou. Até agosto deste ano, o Rio já recebeu 959.875 viajantes estrangeiros, número 24,1% maior que o registrado no mesmo período de 2023, quando 773.496 desembarcaram no Estado.
Para o secretário de Estado de Turismo, Gustavo Tutuca (PT), o “Rio de Janeiro vive um momento fantástico no turismo”, muito pelos esforços do Governo do Estado e de toda a cadeia turística fluminense, especialmente a hoteleira que amargou prejuízos elevadíssimos com a pandemia da Covd-19.
“O Rio de Janeiro vive um momento fantástico no turismo. Estamos batendo recordes em todas as frentes: na chegada de turistas, na ocupação hoteleira, na atração de grandes eventos, na geração de emprego e renda. Isso tudo é fruto de muito trabalho, de estudo do nosso mercado e do apoio incondicional do governador Cláudio Castro, que não tem medido esforços promover o turismo do nosso estado”, celebrou Tutuca.
No âmbito nacional, a pesquisa do IBGE mostrou que a região Sudeste foi a que atraiu o maior número de viagens: 8,8 milhões; seguida pelo Nordeste e pelo Sul, com 5,1 milhões e 3,5 milhões de de deslocamentos, respectivamente. As regiões Centro-Oeste e Norte, por sua vez concentram 1,5 milhões e 1,3 milhões de viagens turísticas, nessa ordem, no período analisado.
Rio / Patricia Lima
Vale e empresa europeia firmam parceria para desenvolver cadeia do hidrogênio verde no Brasil
Vale e a Green Energy Park farão estudos de viabilidade para a instalação de uma unidade de produção de hidrogênio verde no território nacional
A mineradora Vale e a Green Energy Park (GEP), empresa integrada de hidrogênio europeia, fecharam uma parceria para oferecer soluções de descarbonização para o setor siderúrgico global. De acordo com a Vale, que divulgou a iniciativa nesta terça-feira (1º), as empresas farão estudos de viabilidade para a instalação de uma unidade de produção de hidrogênio verde no território nacional.
Por meio de nota, a mineradora adiantou que a expectativa é de que a unidade abasteça um mega hub – complexo industrial voltado para a fabricação de produtos siderúrgicos de baixo carbono – no Brasil.
A companhia adiantou ainda que a parceria poderá resultar na criação de uma plataforma na qual empresas siderúrgicas globais poderão adquirir e produzir o hot-briquetted iron – HBI ou ferro-esponja, em português -, no Brasil e, assim, promover a expansão da indústria de aço de baixo carbono.
Na nota a mineradora destacou que busca parcerias para a executar a constrição mega hubs no Brasil nos quais serão produzidos aglomerados de minério de ferro.
“A Vale tem buscado ativamente parceiros para viabilizar a construção de Mega Hubs no Brasil, alinhados com seu objetivo estratégico de promover a indústria de baixo carbono no país. Nesses complexos industriais, a Vale irá produzir aglomerados de minério de ferro (pelotas ou briquetes), que servirão como insumo para a produção de HBI (um produto intermediário entre o minério de ferro e o aço) com hidrogênio renovável como agente redutor. O acordo com a GEP é mais um passo importante nessa direção”, disse a empresa na nota.
A diretora de Energia e Descarbonização da Vale, Ludmilla Nascimento, destacou, no documento, que a companhia quer aproveitar as vantagens competitivas nacionais para desenvolver o fornecimento do hidrogênio verde.
“Estamos aproveitando as vantagens competitivas do Brasil, como minério de ferro de alta qualidade e energia renovável abundante, para potencialmente desenvolver o fornecimento de hidrogênio verde, o que permitirá a oferta de um HBI ‘verde’ com alto valor agregado às siderúrgicas europeias”, disse Ludmilla Nascimento.
O CEO da Green Energy Park (GEP), Bart Biebuyck, enfatizou a importância da parceria com Vale, uma das maiores do mundo no seu segmento, para a produção de aço verde na Europa e em todo o mundo.
“A parceria com a Vale é um marco importante em nossa jornada rumo ao Net Zero. A colaboração entre nossas empresas tem como objetivo levar nossa tecnologia líder de hidrogênio verde para o núcleo dos setores de difícil abatimento, oferecendo uma plataforma competitiva para a produção de aço verde na Europa e em todo o mundo”, comentou Bart Biebuyck.
Por usar carvão em altos-fornos, o setor de ferro e aço é responsável por mais de 8% do total de emissões de carbono do mundo, o que representa um grande desafio para a redução das emissões de gases de efeito estufa e a concretização da meta de uma economia neutra em carbono até 2050.
Segundo o Estadão, para cada tonelada de aço produzida em altos-fornos, aproximadamente 2 toneladas de CO2 são liberadas na atmosfera. Já o HBI, produzido com hidrogênio verde como agente redutor, quando usado nos fornos elétricos a arco (EAFs), promove uma redução das emissões de carbono para aproximadamente 0,4 tonelada, equivalente por tonelada de aço produzido, considerando todas as emissões ao longo da cadeia de produção. O processo promove uma redução de 80% nas emissões, resultando na produção do “aço verde”.
Patricia Lima