O deputado do União Brasil foi condenado por violência política de gênero contra a vereadora Benny Briolly (PSOL), de Niterói, em maio de 2023
A juíza Maria Paula Gouvêa Galhardo, da 125ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro, indeferiu o registro de candidatura de Rodrigo Amorim (União Brasil) à prefeitura da capital fluminense, nesta quinta-feira (5), pela prática de crime eleitoral ou contra a dignidade sexual.
Na sua decisão, a magistrada também determinou a suspensão do acesso de Amorim aos fundos Partidário e Especial de Financiamento de Campanha. Pela sentença, o deputado também está obrigado a devolver os recursos disponibilizados na sua conta bancária.
Em maio deste ano, Rodrigo Amorim foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER-RJ) do Rio pelo crime de violência política de gênero cometido contra a vereadora trans Benny Briolly (PSOL). Amorim foi punido com um ano, quatro meses e 13 dias de prisão, que foi convertida em multa de 70 salários-mínimos e prestação de serviços à população em situação de rua. O caso do deputado foi a primeira condenação por violência política de gênero na Justiça Eleitoral.
No dia 17 de maio de 2022, durante um discurso proferido na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Amorim chamou a vereadora de “boizebu” e “aberração da natureza”, entre outras ofensas.
A Agência Brasil procurou a assessoria de Rodrigo Amorim para repercutir a sentença e recebeu um áudio de resposta do candidato.
“Tomei conhecimento há pouco da decisão em primeira instância que, contrariando a decisão do desembargador corregedor do TRE, indeferiu a minha candidatura. No entanto, eu já ingressei com recurso cabível. Em nada muda a minha candidatura. Eu sou advogado, deputado, operador do Direito, e sempre seguirei confiando nas instituições. A nossa campanha está forte, nas ruas e permanecerá dessa forma”, disse Amorim, conforme reproduziu o site Conjur.
Patricia Lima
