Limites de transferência do Pix mudam para evitar fraudes. Foto: Shutterstock
As novas regras do Pix começaram a valer a partir desta sexta-feira, 1 de novembro. O objetivo das mudanças, feitas pelo Banco Central, é garantir maior segurança nas transações para impedir fraudes, o que inclui limites para transferências acima de R$200 por um equipamento que não esteja cadastrado nos sistemas bancários.
Já as operações maiores só poderão ser feitas através de um telefone ou de um computador previamente cadastrados pelo cliente junto à instituição financeira, com limite diário de R$1 mil para dispositivos não cadastrados. No entanto, a exigência de cadastro valerá apenas para os celulares e computadores que nunca tenham sido usados para fazer Pix, segundo o BC. Para os dispositivos atuais, nada mudará.
E não são apenas os usuários que terão que se incorporar a essas mudanças. As instituições financeiras deverão adotar soluções de gerenciamento de fraude capazes de identificar transações Pix atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente, com base nas informações de segurança armazenadas no Banco Central. Para César Garcia, CEO da OneKey Payments, as instituições financeiras também deverão disponibilizar avisos sobre cuidados de segurança aos clientes e verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se seus clientes possuem marcações suspeitas de fraude na base de dados do BC. “O objetivo dessas mudanças é dificultar fraudes realizadas por meio de dispositivos não autorizados, minimizando a possibilidade de criminosos usarem celulares ou computadores diferentes daqueles registrados pelos clientes para realizar transações no Pix”, explica.
Os bancos também terão de informar aos clientes, em canal eletrônico de amplo acesso, os cuidados necessários para evitar fraudes. Elas também deverão verificar, pelo menos a cada seis meses, se os clientes têm marcações de fraude nos sistemas do Banco Central.
As medidas, segundo o BC, permitirão que as instituições financeiras tomem ações específicas em caso de transações suspeitas ou fora do perfil do cliente. Elas poderão aumentar o tempo para que os clientes suspeitos iniciem transações e bloquear cautelarmente Pix recebidos. Em caso de suspeita forte ou comprovação de fraude, as instituições poderão encerrar o relacionamento com o cliente.
Novidades: Pix automático será disponibilizado no ano que vem
O BC também anunciou que o Pix Automático será lançado em 16 de junho de 2025. A modalidade facilitará as cobranças recorrentes de empresas, como concessionárias de serviço público (água, luz, telefone e gás), empresas do setor financeiro, escolas, faculdades, academias, condomínios, planos de saúde, serviços de streaming e clubes por assinatura.
Por meio do Pix Automático, o usuário autorizará, pelo próprio dispositivo (celular ou computador), a cobrança automática. Os recursos serão debitados periodicamente, sem a necessidade de autenticação (como senhas) a cada operação. “Este novo recurso promete aumentar a comodidade para os pagadores e a eficiência para os recebedores, reduzindo custos operacionais e inadimplência”, observa Garcia.