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domingo, 8 dez, 2024

RIO

Pesquisa mostra que mulheres pardas e jovens são maioria entre os trabalhadores cariocas

Entre os entrevistados no Mapa do Trabalhador Carioca, a maioria busca qualificação profissional, especialmente na área administrativa

 

Iniciativa do Observatório do Trabalho Carioca, da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (SMTE), a pesquisa Mapa do Trabalhador Carioca mostra que o contingente de mulheres pardas, entre 21 e 26 anos, Ensino Médio completo e moradas da Zona Norte é o maior no universo das 4.834 pessoas entrevistadas na sondagem.

Entre esses trabalhadores, 4.104 (84,9%) manifestaram o interesse de investir em qualificação profissional, especialmente na área administrativa, que contabilizou com 23,58% das escolhas; seguida por saúde (11,78%); gastronomia (10,48%); vendas (8,48%), tecnologia (6,66%) e marketing (5,99%).

“O levantamento traz informações relevantes, e mostra que estamos no caminho certo ao criarmos programas como o Aprendiz Carioca, voltado para jovens, e o Rio+Cursos, de qualificação profissional. A partir das demandas dos trabalhadores, implantaremos novos projetos e investiremos na ampliação daqueles que estão dando certo”, garantiu o secretário municipal de Trabalho e Renda, Everton Gomes.

No recorte por gênero adotado pela metodologia da pesquisa, 60,3% dos entrevistados que responderam ao questionário se identificaram como mulher cisgênero, enquanto 32,4% como homem cisgênero. A maior parte dos respondentes (42,2%) se classificou como parda.

Os resultados do relatório do Observatório do Trabalho Carioca, da SMTE, indicam uma forte presença de jovens no mercado de trabalho: 26,8% da mostra. A predominância é de trabalhadores com idades entre 21 e 26 anos; 25,7%; e entre 27 e 36 anos (19,4%), seguido por jovens entre 18 e 21 anos. Quanto à escolaridade, a maior parte (54.4%) afirmou contar com o Ensino Médio completo. Somente 8,9% dos entrevistados têm Ensino Superior completo.

No que diz respeito à distribuição regional, 42,4% dos respondentes afirmaram residir na Zona Norte, diante 38,2% que residem na Zona Oeste. Além disso, 13,2% dos participantes estão fora do Rio. Quanto à renda dos entrevistados, ela é majoritariamente baixa, segundo Graziela Souza, do Observatório do Trabalho Carioca.

“Cerca de 71,3% dos respondentes recebem até um salário-mínimo, enquanto 23,5% ganham entre um e dois salários-mínimos”, explicou Graziela, complementando que entre as pessoas com deficiência, transsexuais e beneficiários do Bolsa Família, os dados, em alguns casos, são ainda mais preocupantes.

Em relação ao empreendedorismo, o estudo mostra que apenas 4,9% das pessoas ouvidas empreendem; 43% disseram que não pretendem empreender; 34,5% dos entrevistados têm objetivo ter o próprio negócio; e 17,6% afirmaram que já tentaram trabalhar por conta própria.

Às vésperas da reunião do G20 no Rio, os chamados empregos verdes também foram foco do levantamento, com 81,2% dos entrevistados dizendo que ainda não atuam na área, contra 18,8% que já trabalham em atividades relacionadas à sustentabilidade.

A pesquisa, que é uma iniciativa do Observatório do Trabalho Carioca, da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (SMTE), em parceria com a plataforma interativa participa.rio, será lançada na próxima quarta-feira (13), às 14h, no auditório da Faculdade Senac, no Centro do Rio de Janeiro. Os estudantes que participarem do lançamento receberão certificado pela presença em atividade complementar a seus cursos.

O auditório da Faculdade Senac fica no sétimo andar da Rua Santa Luzia, 735.

Foto: Roberto Moreyra (SMTE)