Dólar sobe, Galípolo na presidência do BC e inflação puxada pela conta de luz foram algumas das principais notícias da semana.
A Tribuna da Imprensa separou os principais destaques econômicos da semana. Fique por dentro!
1 – Real volta a ser destaque negativo e dólar sobe, com maior valor do fechamento de um mês
O real voltou a ser destaque negativo entre as principais moedas emergentes, refletindo o agravamento das preocupações com o quadro fiscal do país. A moeda americana chegou a valer R$5,65, mas fechou a semana cotada a R$5,61, alta de 2,92% em relação ao fechamento da semana passada e de 0,50% no dia. Com isso, o dólar terminou no maior valor de fechamento em um mês. A desvalorização cambial está relacionada à notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer isentar de imposto de renda trabalhadores com salários de até R$5.000, uma medida que, se concretizada, eleva as preocupações dos investidores sobre a política fiscal do país.
2- Dinheiro esquecido no SVR têm até quarta-feira da semana que vem para resgatar
Os clientes que têm dinheiro esquecido no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central do Brasil (BC) têm até a próxima quarta-feira,16, para sacar os valores. Segundo o BC, R$8,6 bilhões estão disponíveis para resgate no SVR. O sistema permite consultar se pessoas físicas (inclusive falecidas) e empresas deixaram valores para trás em bancos, consórcios ou outras instituições. O prazo de 30 dias para resgate começou a valer em 16 de setembro, quando o presidente Lula (PT) sancionou a Lei nº 14.973/2024, que trata da reoneração gradual da folha de pagamentos de 17 setores da economia e de municípios até o fim de 2024.
3 – Estudo da CNI estima que quase 610 mil vagas de trabalho serão criadas entre 2025 e 2027
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que, entre 2025 e 2027, mais de 14 milhões de brasileiros precisarão se qualificar para se manter ou entrar em vagas de trabalho no setor industrial. O levantamento aponta que a indústria precisará de 2,2 milhões de profissionais com qualificação inicial para ocupar novos postos ou para substituir trabalhadores que vão sair do mercado. Até 2027, a CNI também projeta que 11,8 milhões de profissionais — já na indústria ou com formação — precisarão investir em novas qualificações para se manterem competitivos no mercado de trabalho.
4 – Anatel divulga lista com 2027 bets que sairão do ar nos próximos dias
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou a lista com 2.027 páginas de bets (empresas de apostas eletrônicas) que sairão do ar nos próximos dias. A agência está notificando as prestadoras de serviços para derrubar o acesso às páginas. A lista está disponível na página oficial da agência reguladora. Segundo a Anatel, cerca de 21 mil empresas de telecomunicações em todo o país estão sendo notificadas desde a última quinta-feira, 10, o que fará o bloqueio total dos sites de apostas levar alguns dias.
5 – Adoção do horário de verão no Brasil terá decisão semana que vem
O Ministério de Minas e Energia vai decidir na terça-feira, 15, sobre adoção do horário de verão no Brasil ainda este ano. O ministro Alexandre Silveira vai se reunir com a equipe técnica no prédio da pasta em Brasília para definir a questão. Diante da urgência da decisão, Silveira reduziu em uma semana o período de férias e retornará ao trabalho na próxima segunda-feira, 14. “O resumo da ópera é que se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser fazer o horário de verão”, afirmou Silveira, que está em Roma para participar como palestrante do último painel II Fórum Internacional Esfera.
6 – PIB deve subir por conta de bom cenário na economia no primeiro semestre
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve subir de 2,4% para 3,4% em 2024, projeta o Informe Conjuntural do 3º Trimestre, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).O superintendente de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles explica o que levou a entidade a rever o crescimento do PIB deste ano de forma expressiva: “A CNI aumentou a previsão do PIB de 2024, principalmente, por causa do desempenho da economia no primeiro semestre, que foi muito positivo, acima das nossas expectativas”.
7 – Vendas do comércio varejista recuaram em 0,3% em agosto, em comparação a julho
Em agosto deste ano, as vendas do comércio varejista no Brasil recuaram 0,3% em comparação a julho. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O estudo aponta, por outro lado, um crescimento de 5,1% em relação a agosto do ano passado e uma alta acumulada também de 5,1% ao longo dos oito primeiros meses de 2024. Já nos últimos 12 meses, o resultado acumulado é um crescimento de 4,0%.
8 – Conta de energia elétrica das casas brasileiras puxa inflação de setembro
A conta de energia elétrica das residências puxou a inflação de setembro para 0,44%, apontou o levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi de 0,46 ponto percentual em relação ao mês anterior (-0,02%), influenciado pelo grupo habitação (1,8%), que contabiliza o reajuste nas tarifas de energia elétrica residencial.No período, o gasto com o consumo de energia passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro. O grupo alimentação e bebidas também contribuiu para a aceleração do IPCA (0,5%), que registrou aumento após dois meses de quedas seguidas.
9 – Senado aprovou indicação do economista Gabriel Galípolo para o BC
O Senado aprovou a indicação do economista Gabriel Galípolo para ser presidente do Banco Central do Brasil entre 2025 e 2028. Galípolo foi aprovado por 66 votos favoráveis e 5 contra. A votação foi secreta. Ele deve assumir o posto em 1º de janeiro.Atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Muricca Galípolo foi indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para substituir o atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. Na parte da manhã, Galípolo foi aprovado por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), após quatro horas de sabatina.
10 – Inflação da Argentina desacelera, segundo IPC
A inflação da Argentina ficou em 3,5% em setembro, apontou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) do país. Em relação a agosto, quando a inflação ficou em 4,2%, a diferença é de 0,7 ponto percentual (p.p.) — o que mostra uma desaceleração na taxa. Em 12 meses, o aumento dos preços chegou a 209%. O acumulado é menor do que o mês de agosto, quando era de 236,7%. Já na janela de janeiro a setembro, a taxa chegou a 101,6%.O setor de maior alta em setembro foi o de Habitação, Água, Eletricidade, Gás e Outros Combustíveis (7,3%). Na sequência, ficaram Roupas e Calçados (6%), Educação (4,3%) e Restaurantes e Hotéis (3,7%).