Atualização do valor de bens imóveis a valor de mercado – Receita Federal

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Atualização do valor de bens imóveis a valor de mercado – Receita Federal

A Receita Federal do Brasil (RFB) publicou a Instrução Normativa nº 2.222, de 20 de setembro de 2024, que regulamenta a atualização do valor de bens imóveis a valor de mercado para pessoas físicas e jurídicas.


De acordo com a IN, os contribuintes têm até 16 de dezembro de 2024 para optar pela atualização e pagar o imposto sobre a diferença entre o custo de aquisição e o valor de mercado do imóvel, com alíquotas reduzidas.


Os interessados deverão apresentar a Declaração de Opção pela Atualização de Bens Imóveis (Dabim), disponível a partir de 24 de setembro de 2024 no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) no site da Receita Federal.


Pessoas físicas que optarem pela atualização do valor dos imóveis declarados na Declaração de Ajuste Anual (DAA) pagarão uma alíquota definitiva de 4% de IRPF sobre a diferença. As alíquotas, sem redução, variam de 15% a 22,5%.


Já para as pessoas jurídicas, a atualização dos imóveis constantes no ativo não circulante de seus balanços será tributada com 6% de IRPJ e 4% de CSLL sobre a diferença. As alíquotas, sem redução, somam até 34%, a depender do regime de tributação.


Caso o imóvel atualizado seja alienado antes de decorridos 15 anos, o cálculo do ganho de capital será ajustado proporcionalmente ao tempo decorrido desde a atualização. O percentual começa em 0% para alienações ocorridas até 36 meses e aumenta gradualmente até 100% após 180 meses.


Também poderão ser atualizados imóveis no Brasil e no exterior, inclusive aqueles já atualizados pela Declaração de Opção pela Atualização de Bens e Direitos no Exterior (Abex). Caso os imóveis façam parte de entidades controladas no exterior e bens de trust também podem ser atualizados, desde que a pessoa física seja responsável pela declaração desses bens.


O QUE FAZER EM CASO DE ALIENAÇÃO OU BAIXA


No caso de alienação ou baixa de bens imóveis antes de decorridos quinze anos contados da data da opção pela atualização, o ganho de capital deverá ser apurado mediante a aplicação da seguinte fórmula:


GK=valor da alienação – [CAA + (DTA x %)], em que:


GK=ganho de capital;


CAA=custo do bem imóvel antes da atualização;


DTA=diferença entre o valor do bem imóvel atualizado e o valor de seu custo antes da atualização; e


%=percentual proporcional ao tempo decorrido da atualização até a venda, conforme previsto no parágrafo único.


Os percentuais proporcionais ao tempo decorrido da atualização até a venda são os expostos na tabela abaixo.



































































Tempo decorrido entre a venda e a atualização (T)





Percentual aplicado ao DTA (%)





T ≤ 3 anos 





                 0





3 anos < T ≤ 4 anos





                 8





4 anos < T ≤ 5 anos





                16





5 anos < T ≤ 6 anos





                24





6 anos < T ≤ 7 anos





                32





7 anos < T ≤ 8 anos





                40





8 anos < T ≤ 9 anos





                48





9 anos < T ≤ 10 anos





                56





10 anos < T ≤ 11 anos





                62





11 anos < T ≤ 12 anos





                70





12 anos < T ≤ 13 anos





                78





13 anos < T ≤ 14 anos





                86





14 anos < T ≤ 15 anos





                94





T > 15 anos





               100




Assim, para a alienação que ocorra até 3 (três) anos da data de atualização, o DTA não poderá ser aproveitado para fins de apuração de ganho de capital.


A partir do 3º ano da atualização, o DTA poderá ser aproveitado gradualmente até atingir a sua totalidade ao completar 15 anos, conforme tabela de escalonamento acima, prevista no art. 8º da Lei 14.973/2024.


Portanto, esta opção é vantajosa para os contribuintes que pretendem alienar os bens imóveis em médio e longo prazo, pois irão pagar menos imposto.


Os contribuintes interessados, devem avaliar com atenção antes de optarem pela atualização, que é definitiva e irretratável, por isso é aconselhável que procurem orientação de profissional especializado.


Myke Oliveira Gomes


Diretor Jurídico da Rocha Gomes Auditoria Tributária


https://www.instagram.com/rochagomes_auditoriatributaria


 


Foto: Logotipo da Receita Federal do Brasil/ Wikipédia


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