Pesquisa da CNI mostra aumento do faturamento industrial em janeiro
Demanda por bens industrializados aquecida reflete na alta do faturamento

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, na última semana, a pesquisa Indicadores Industriais, a qual identificou em janeiro um avanço de 3,3% no faturamento da indústria de transformação. O crescimento, segundo do CNI foi incentivado pelo aquecimento da produção. Diante de janeiro do ano passado, o faturamento real (descontada a inflação) subiu 12,8%.
A CNI informou que a demanda por bens industrializados continua aquecida, refletindo no faturamento. A tendência, no entanto, não deve se manter nesse ritmo por causa da desaceleração econômica provocada pelo aumento dos juros, segundo a entidade.
Em janeiro, houve um avanço de 1,9% do número de horas trabalhadas diante de dezembro, revertendo a queda de 1,4% nos dois meses anteriores. No comparativo ao mesmo período do ano passado, o indicador registrou alta de 5,4%.
Na comparação entre janeiro e dezembro a utilização da capacidade instalada (UCI) manteve-se em 78,2%, considerando a série livre de efeitos sazonais (sem oscilações típicas da época do ano). Diante de janeiro de 2024, a UCI recuou 0,8 ponto percentual.
Apesar dos bons indicadores da indústria, o mercado de trabalho do setor cresceu apenas 0,1% em janeiro. A massa salarial e o rendimento médio do trabalhador industrial caíram 0,3% e 0,8%, respectivamente. A CNI aponta que o aumento dos juros deve interromper a alta do emprego industrial.
Se comprado com janeiro do ano passado, o desempenho do mercado de trabalho na indústria é melhor, com o total de postos ativos subindo 2,4%. Em movimento inverso está a massa salarial real (descontada a inflação), que recuou 1,8%. Já o rendimento médio real do trabalhador industrial sofreu queda de 4%.
A pesquisa Indicadores Industriais é realizada desde 1992, em parceria com as Federações Estaduais das Indústrias. A sondagem identifica, mensalmente, a evolução de curto prazo da atividade da indústria de transformação. Os estados pesquisados concentram mais de 90% do PIB nacional.
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