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Visita de Lula ao Japão deve ser primeiro passo rumo à abertura do mercado para a carne brasileira

Na Ásia, o Japão é o parceiro comercial mais tradicional do Brasil e o segundo em relações comerciais, perdendo apenas para a China


Visita de Lula ao Japão deve ser primeiro passo rumo à abertura do mercado para a carne brasileira Lula da Silva recebe o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em cerimônia oficial de chegada, no Palácio do Planalto - Antonio Cruz - Agência Brasil

Com viagem prevista para o Japão para 24 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende avançar na abertura de mercado do país oriental para as carnes bovinas e suínas brasileiras. Embora, não haja uma promessa de firmar um acordo durante a viagem, o governo pretende articular um compromisso de visita de uma missão sanitária japonesa ao Brasil.

Pelo menos é o que espera o secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, Eduardo Saboia, como evidenciou em entrevista a jornalistas

“Existe um empenho político de fazer avançar esse assunto. Porque o Brasil é um grande produtor do agronegócio, muito competitivo, muito seguro e muito responsável. Nós achamos que isso é algo que é importante e que deve ser reconhecido. Isso depende do entendimento que está em curso. Acho que a visita do presidente certamente ajuda nesse sentido”, disse o diplomata.

Eduardo Saboia destacou que a confirmação da visita sanitária já poderia ser considerada avanço nas negociações com o Brasil, que espera um compromisso político nessa direção.

“Eu sei que um dos temas importantes é que a gente tem a tal da missão japonesa ao Brasil. Isso é o que se busca nesse momento, que é o passo importante para que haja avanço”, pontuou Saboia, segundo o Poder 360.

Na balança comercial interacional, o Brasil contribui com 20% das exportações de proteína bovina e concentra 25% do mercado mundial do produto. O Japão importa US$ 4 bilhões anual, sendo que o Brasil não figura na carteira nipônica.

A recepção a Lula será a primeira feita pelo governo japonês desde 2019, quando recebeu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no seu 1º mandato. Para o Japão, o evento representa o mais alto grau da sua diplomacia.

Em sua visita, Lula será recebido em Tóquio pelo imperador Naruhito e pela imperatriz Masako, no Palácio Imperial. Durante a sua estada, o mandatário brasileiro terá reunião bilateral com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba.

Na ocasião, será realizado um fórum empresarial na capital japonesa com cerca de 500 empresários, dos quais 100 devem ser brasileiros. Entre eles estarão Wesley Batista e Joesley Batista, donos da JBS, maior empresa de proteína animal do mundo.

Na Ásia, segundo o Itamaraty, o Japão é o parceiro comercial mais tradicional do Brasil, sendo o segundo parceiro comercial na região, atrás da China. Em 2025, Brasil e Japão celebram 130 anos de relações diplomáticas.

O Japão também é a 9ª origem de investimentos estrangeiros no Brasil. Só em 2023 o país asiático aportou no Brasil US$ 35 bilhões. No ano passado o fluxo foi de US$ 11 bilhões.

A viagem de Lula ao Japão e ao Vietnã, entre 24 e 29 de março, tem como o objetivo a ampliação das relações de mercado do Brasil com países do continente asiático.

O movimento, que já estava em curso, se tornou mais urgente diante das tarifações impostas pelo presidente Donald Trump sobre importações de outros países. Com a viagem, o governo também quer mostrar que não é dependente da China. 




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