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Investimento estrangeiro pode ser a chave para reduzir o subemprego na América Latina

Iniciativa gera empregos, fortalece indústrias e capacita trabalhadores locais para ocuparem posições estratégicas


Investimento estrangeiro pode ser a chave para reduzir o subemprego na América Latina Empresas estrangeiras que buscam expandir suas operações na América Latina enfrentam desafios fiscais/ Reprodução

A América Latina abriga algumas das economias mais dinâmicas do mundo. No entanto, um dos

desafios para o crescimento sustentável é a alta informalidade no mercado de trabalho e o subemprego. Ao mesmo tempo que enfrentam dificuldades para lidar com as leis trabalhistas locais e cumprir requisitos regulatórios, empresas também esbarram na escassez de talentos. Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento, embora 70% da população em idade ativa esteja empregada, a qualidade do emprego ainda é baixa, considerando fatores como formalização e remuneração suficiente para superar a pobreza.O Investimento Estrangeiro Direto (IED) é um dos principais motores para enfrentar esses desafios e apoiar a expansão global das empresas. Apesar de uma queda geral de 9% nos fluxos de IED para a região no último ano, dados da Latinometrics mostram que alguns países tiveram crescimento significativo nesse tipo de investimento. A Argentina registrou um aumento de 57%, a Costa Rica de 28% e o Chile de 19%.


Rico em recursos naturais, custos de mão de obra relativamente baixos e uma força de trabalho qualificada, especialistas apontam que o IED seguirá alavancando o crescimento sustentável e a mobilidade global na região. “O IED gera empregos, fortalece indústrias e capacita trabalhadores locais para ocuparem posições estratégicas”, afirma Jaime Bustamante, diretor de desenvolvimento de negócios da Mauve Group na América Latina. “O aumento no uso de smartphones na região para serviços bancários, comércio e, agora, trabalho, reforça a necessidade de investimentos em capacitação tecnológica.”


O IED pode ajudar a reduzir a escassez de talentos ao promover treinamento e desenvolvimento e fortalecer o mercado de trabalho. À medida que empresas globais investem nos setores industriais, de tecnologia e serviços, elas trazem capital e conhecimento para a qualificação da mão de obra local, diminuindo o subemprego.


No entanto, empresas estrangeiras que buscam expandir suas operações na América Latina enfrentam desafios fiscais. “O Brasil possui uma legislação trabalhista complexa, o que pode dificultar a adaptação de empregadores internacionais. No país, o prazo para declarar imposto de renda começa dia 17 de março e exige uma gestão rigorosa da folha de pagamento e cumprimento de contratos trabalhistas detalhados”, explica Jaime.


Diante deste cenário, o especialista reforça ser importante simplificar a gestão de contratos, folha de pagamento, contratação e integração de funcionários, garantindo conformidade com as regulamentações locais. “Isso permite que as empresas foquem no crescimento sem se sobrecarregar com questões legais e administrativas”, observa. 


A região também apresenta desafios específicos para a mobilidade global. Um estudo realizado pela Mauve Group em 2024 revelou que 90,8% dos profissionais estrangeiros no Brasil, México e Colômbia não conheciam nada sobre as regulamentações locais antes da mudança, e 69,3% afirmaram estar “totalmente despreparados” para lidar com a burocracia. Esses obstáculos reforçam a necessidade de orientação especializada para empresas que desejam investir e expandir seus negócios na América Latina.


Um exemplo recente de sucesso é a parceria bilateral entre Brasil e China, que resultou em investimentos e crescimento para empresas dos dois países. “Apesar das diferenças culturais e da distância geográfica, empresas brasileiras, especialmente do setor agrícola, conseguiram entrar no mercado chinês, enquanto fabricantes chineses aproveitaram o amplo mercado consumidor e de mão de obra do Brasil”, acrescenta Bustamante. "Isso mostra que as empresas não precisam se limitar à expansão global. Com a orientação certa, o IED, mesmo com desempenho inferior ao esperado, seguirá impulsionando o crescimento sustentável e novas oportunidades na América Latina", finaliza Bustamante. 






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