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Escalada da violência na Síria preocupa Estados Unidos e Rússia, que pedem reunião imediata

Conselho de Segurança das Nações Unidas deve se reunir nesta segunda, 10


Escalada da violência na Síria preocupa Estados Unidos e Rússia, que pedem reunião imediata Violência na Síria acende alerta global/ Reprodução

Neste domingo, 9 de março, os Estados Unidos e a Rússia solicitaram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma reunião a portas fechadas para segunda-feira, 10 de março, por conta da escalada da violência na Síria. As informações foram reveladas por diplomatas, de acordo com a agência Reuters. 

A situação na Síria é muito delicada. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que possui sede no Reino Unido e monitora a situação na região, foram mortos 745 civis, 125 membros das forças de segurança sírias e 148 combatentes leais ao ex-ditador Bashar al Assad em durante o fim de semana. No entanto, as autoridades sírias não divulgaram um número oficial de mortos. 

O embate começou depois que o novo governo reprimiu uma rebelião da minoria alauita, à qual pertence Assad, nas províncias de Latakia e Tartous. O líder do país, Ahmad al Sharaa, afirmou que os responsáveis pelo "derramamento de sangue" serão responsabilizados e punidos. 

O presidente afirmou, ainda, a criação de uma "comissão independente" para investigar as violações contra civis. “Vamos responsabilizar qualquer um que esteja envolvido no derramamento de sangue de civis, ou que os maltrate, ou que exceda a autoridade do estado, explorando o poder para ganho pessoal. Ninguém estará acima da lei", afirmou Sharaa em um discurso transmitido em rede nacional.

Sharaa, cujo movimento rebelde derrubou Assad em dezembro, também acusou os seguidores do ex-ditador e potências estrangeiras, que ele não especificou, de fomentar a agitação no país. "Hoje, enquanto estamos neste momento crítico, nos encontramos diante de um novo perigo - tentativas de remanescentes do antigo regime e seus apoiadores estrangeiros de incitar novos conflitos e arrastar nosso país para uma guerra civil, com o objetivo de dividi-lo e destruir sua unidade e estabilidade", disse. 

Em resposta, os alauítas negam a versão do governo, afirmando que têm sido alvo de perseguição dos sunitas radicais, que tomaram o poder em dezembro passado, e que são vistos por esses radicais como "hereges". 

Rami Abdulrahman, chefe do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, afirmou que os civis incluíam mulheres e crianças alauitas. Ele afirmou que o número de mortos foi um dos mais altos desde um ataque com armas químicas pelas forças de Assad, em 2013, que matou cerca de 1.400 pessoas em um subúrbio de Damasco. A Federação de Alauítas na Europa, por sua vez, acusa o novo governo de promover uma "limpeza étnica sistemática". 

Neste cenário, o secretário dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que “os Estados Unidos condenam os terroristas islâmicos radicais, incluindo jihadistas estrangeiros, que assassinaram pessoas no oeste da Síria nos últimos dias". Já no Reino Unidos, o ministro das Relações Exteriores, David Lammy, também se manifestou e disse que os relatos de mortes generalizadas de civis nas regiões costeiras da Síria são “horríveis”, pedindo às autoridades de Damasco que garantam que todos os sírios sejam protegidos da violência. 

Volker Türk, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, afirmou que as mortes de civis "devem cessar imediatamente", enquanto a Alemanha pediu "veementemente a todas as partes que ponham fim à violência".




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