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Rússia ataca Ucrânia e presidente ucraniano pede que sanções sejam impostas mais rapidamente 

A madrugada de sábado, 8 de março, foi de terror na Ucrânia. Bombardeios russos com mísseis deixaram, até o momento, 11 pessoas mortas e outras 37 feridas, incluindo crianças, segundo informações da agência de notícias Reuters apuradas junto ao Ministério do Interior ucraniano. Um ataque com drone na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, também tirou a vida de três pessoas e deixou sete feridas, disse o ministério. 

O ataque à região de Dobropillia contou com mísseis balísticos, múltiplos foguetes e drones, danificando oito prédios de vários andares e 30 carros. "Enquanto combatia o incêndio, os ocupantes atacaram novamente, danificando o caminhão de bombeiros", disse o ministério no Telegram.  A entidade do governo também publicou fotos de prédios parcialmente destruídos e com fogo, com os bombeiros retirando destroços do local.

Dobropillia possuía 28 mil habitantes antes da guerra e fica na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, a 22 quilômetros da linha de frente ao norte do importante hub de Pokrovsk, local que as tropas russas têm atacado há semanas. Os mísseis usados no ataque, segundo o exército ucraniano, foram dois mísseis balísticos Iskander-M e um míssil de cruzeiro Iskander-K, além de 145 drones. Forças aéreas derrubaram um míssil de cruzeiro e 79 drones, sendo que outros 54 drones não atingiram seus alvos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que os ataques mostram que os objetivos da Rússia permanecem os mesmos. “Por isso, é essencial endurecer as sanções contra a Rússia. Tudo o que ajuda Vladimir Putin a financiar a guerra deve ser interrompido”, afirmou.

Vale destacar que o bombardeio ocorreu após os Estados Unidos suspenderem a ajuda militar e os serviços de inteligência para a Ucrânia, com o objetivo de pressionar o país a aceitar um acordo de paz proposto pelo governo do presidente Donald Trump. Entretanto, quando jornalistas perguntaram a Trump se o presidente russo estaria aproveitando a pausa dos EUA no compartilhamento de informações de inteligência para aumentar os ataques à Ucrânia, o republicano disse, durante uma coletiva: “Acho que ele está fazendo o que qualquer outra pessoa faria.”

Já na madrugada de quinta-feira, 6 de março, a Rússia lançou um “ataque massivo” com o uso de 200 drones contra a indústria energética e a infraestrutura militar da Ucrânia.