Pesquisas mostram disputa acirrada entre Kamala e Trump no dia em que os americanos definem quem será o novo presidente. Foto: Reprodução
Nesta terça-feira, 4 de novembro, os Estados Unidos vão às urnas para decidir quem será o próximo presidente: Kamala Harris (Partido Democrata) ou Donald Trump (Partido Republicano). Numa disputa acirrada, a eleição promete ser histórica, principalmente pelo fato de o país estar totalmente dividido em relação ao seu futuro político, o que é claramente comprovado pelas pesquisas que conferem empate técnico a ambos.
A pesquisa mais recente, divulgada na véspera das eleições, da NPR/PBS News/Marist, apontou que a candidata democrata, Kamala Harris, tem uma ligeira vantagem sobre o republicano Donald Trump, isso entre os prováveis eleitores em nível nacional: 51% a 47%. O levantamento mostra, ainda, que para 55% dos prováveis eleitores (contra 44%), Trump faz propostas que pretende executar, em vez de promessas que visam obter votos.
Em contrapartida, os entrevistados estão divididos em 49% a 49%, quando questionados se Harris realmente pretende ou não executar suas propostas. E mais: os prováveis eleitores na pesquisa estão divididos, ainda, sobre qual candidato lidaria melhor com a economia: 50% para Trump e 49% para Harris. No entanto, os entrevistados dão a Harris avaliações pessoais mais positivas do que Trump (50% a avaliam favoravelmente, contra 45% para Trump).
Outras pesquisas mostram que a corrida eleitoral segue para um empate técnico: de cinco pesquisas realizadas, por exemplo, duas mostram uma vantagem para Harris, enquanto três não mostram um líder claro na disputa. Ou seja, a média das pesquisas mostra que Kamala Harris e Donald Trump estão empatados dentro da margem de erro no voto nacional. A democrata aparece com vantagem numérica.
Confira os números das pesquisas a seguir.
THE NEW YORK TIMES
Kamala Harris: 49%
Donald Trump: 48%
FIVETHIRTYEIGHT
Kamala Harris: 48,0%
Donald Trump: 46,8%
Saiba como funciona a contagem de votos nos estados e número de delegados deles para vencer as eleições nos EUA
Para vencer a eleição nos Estados Unidos, é necessário conquistar 270 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral. Cada estado tem um número específico de delegados, que varia de acordo com a população, bem como o total de representantes no Congresso. Ou seja, o candidato mais votado de um estado leva todos os delegados da área, mesmo que vença por apenas um voto de diferença.
Como o que vale é o Colégio Eleitoral, nem sempre o candidato mais votado em todo o país pelo voto popular é o eleito. Em 2016, por exemplo, Donald Trump teve 3 milhões de votos a menos que Hillary Clinton, mas venceu na soma de delegados.
Como as eleições estão muito disputadas, isso significa que ambos candidatos estão tecnicamente empatados em 7 swing States (ou estados-pêndulo), ou seja, aqueles em que não há uma preferência definida e vão decidir o pleito. Segundo projeções do site Real Clear Politics, Kamala teria 211 delegados e Trump, 219. Considerando a vantagem numérica pela média das pesquisas nos estados em disputa, o republicano venceria em cinco e seria eleito com 287 delegados. Já a democrata ganharia em dois e somaria 236, isso de acordo com o site de apostas Polymarket.
Outro ponto que deve ser destacado é que o voto em cada 1 dos 50 estados define a distribuição de delegados no Colégio Eleitoral. Cada estado tem um número de delegados proporcional à sua população. Por exemplo: Nova York (20,2 milhões de habitantes), tradicionalmente democrata, dá 28 delegados ao vencedor. Já o Texas (29,1 milhões de habitantes), majoritariamente republicano, dá 40.
Por isso, no último dia antes da votação, os candidatos se esforçaram para conquistar os indecisos de um estado que pode ser decisivo, a Pensilvânia. Ambos estiveram lá participando de comícios e eventos pré-agendados para angariar votos. Com 19 delegados, é o swing State mais relevante e com a disputa mais acirrada. Nele, Trump tem 48,3% das intenções de voto contra 48,9% de Kamala, o que resulta numa situação de empate técnico.
