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domingo, 8 dez, 2024

RIO

Níveis de rios e intensidade de chuvas: quem monitora?

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Foto: Fabiano Veneza

O estado do Rio de Janeiro, dentre suas belezas naturais, é cortado por diversos rios e canais. Historicamente, esses corpos hídricos foram partes fundamentais na conquista e ocupação de terras na região, já que serviam como meio de locomoção para as embarcações. Os rios ainda possuem protagonismo na vida de todo cidadão fluminense, inclusive na população ribeirinha, que em alguns casos sofre muito com as cheias.

Pensando nisso, em 2008, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) implantou o Sistema de Alerta de Cheias, com o objetivo de acompanhar em tempo real a situação dos rios monitorados pelo órgão ambiental estadual. Na época, o órgão instalou 10 estações telemétricas na Baixada Fluminense e 6 estações na Região Serrana. Em 2024, o sistema conta com mais de 100 estações ao redor do estado e monitora 61 rios, além de contar com uma rede de radares meteorológicos para identificação das tempestades.

Os dados captados por essas estações são enviados à Sala de Situação do instituto. De lá, após análise, os meteorologistas e hidrólogos disparam alertas às Defesas Civis Municipais. A estes, cabe realizar o contato direto com a população. Os níveis de alerta variam de acordo com a previsão de chuva e da elevação dos níveis dos rios. Cada estação possui suas cotas de referência, já que o comportamento dos rios varia de acordo com a região.

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Sala de situação do Inea monitora intensidade de chuvas no estado do Rio de Janeiro

 

Inea utiliza 5 estágios para caracterizar o status de cada rio

 

– Vigilância: Sem previsão de chuva significativa que possa causar elevação dos níveis dos rios

– Atenção: Possível elevação dos níveis dos rios em função da ocorrência de chuva.

– Alerta: Subida acima do normal do nível de um rio monitorado, com previsão de elevação.

– Alerta Máximo: Iminência de transbordo de um rio monitorado, com previsão de elevação.

– Transbordamento: Registro do nível de um rio monitorado acima da cota de transbordamento.

 

No último mês as fortes chuvas no estado do Rio de Janeiro geraram estragos na Baixada Fluminense e em alguns bairros da Zona Norte da capital. Só no primeiro grande evento do ano, de sexta (12/1) à domingo (14/1), o Sistema de Alerta de Cheias emitiu 155 avisos. Dentre estes, 23 no estágio de alerta máximo e 6 referentes ao estágio de transbordamento. Os rios monitorados pelo Inea que transbordaram foram: Rio Capivari, em Duque de Caxias; Rio da Bota, em Nova Iguaçu e Belford Roxo; Rio dos Macacos, em Paracambi; Rio Engenhoca, em Niterói; e Rio Alcântara, em São Gonçalo.

O monitoramento do instituto, portanto, é essencial na fase de preparação aos eventos de chuva intensa. Alé disso, é funfamental também para a elaboração de políticas públicas em conjunto com a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas). O Inea, aliás, também participa na resposta a estes eventos, cedendo informações técnicas, maquinário, mão-de-obra e serviços para recuperação das áreas afetadas. Somente neste o instituto enviou cerca de 140 equipamentos e realizadas mais de 60 intervenções em prol da segurança dos ribeirinhos e do meio ambiente.

Por fim, todas as informações relacionadas aos níveis dos rios, previsão do tempo e demais detalhes estão no link http://alertadecheias.inea.rj.gov.br

 

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