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quarta-feira, 18 set, 2024

Mundo

Atentado contra Donald Trump: Diretora do Serviço Secreto americano pede demissão após admitir falha

Kimberly Cheatle

Kimberly Cheatle não resiste à pressão e pede demissão do cargo de diretora do Serviço Secreto após atentado contra o candidato à Presidência dos EUA, Donald Trump

O caso do atentado contra o candidato à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Donald Trump, tem provocado mudanças no esquema de segurança dele. Desde que um homem subiu em um telhado e disparou contra Trump em um comício ao ar livre na Pensilvânia, a permanência de Kimberly Cheatle no cargo de diretora do Serviço Secreto era questionada por integrantes do Partido Republicano e da própria entidade responsável pela segurança do candidato.

No entanto, Cheatle, que depôs durante seis horas no Congresso declarando que o Serviço Secreto cometeu seu maior erro em décadas, pediu demissão do cargo por conta da pressão a qual foi submetida, mesmo após pedir desculpas e se negar a responder perguntas sobre as investigações. “Assumo total responsabilidade pela falha de segurança”, escreveu Cheatle em e-mail enviado aos funcionários do Serviço Secreto. Ela desempenhava as funções de diretora do Serviço Secreto desde agosto de 2022.

O que todos gostariam de saber foi como o atirador conseguiu passar pela segurança com um fuzil AR-15, posicionando-se a apenas 120 metros do palco e, assim, atirar em Trump, atingindo o candidato na sua orelha esquerda. O evento ainda provocou a morte de um apoiador do candidato e dois ficaram feridos, em estado grave. O atirador, por fim, foi morto por agentes do Serviço Secreto. Vale destacar que tanto a Polícia Federal americana quanto a Polícia Estadual atuavam no evento, mas todo o plano de segurança estava sob responsabilidade do Serviço Secreto, que há mais de 120 anos é a responsável por cuidar da segurança dos presidentes americanos. Em 1962, essa obrigação foi estendida também para os ex-presidentes. Depois do atentado, assessores de Trump afirmaram que pediram reforço na segurança nos últimos anos, mas que os pedidos tinham sido negados, sob o argumento de falta de verba e de equipe.

Segundo o jornal Washington Post, agentes do Serviço Secreto recomendaram à campanha do candidato do Partido Republicano que grandes comícios e eventos ao ar livre sejam suspensos. Fontes ouvidas pelo jornal revelaram que a equipe de Trump busca, agora, por ambientes fechados, como ginásios de esportes com capacidade para muitas pessoas. Tal ação mudaria totalmente a forma como a campanha vem sido conduzida, já que Trump tem preferido eventos em áreas abertas desde o início da corrida presidencial americana.