Fabio L. Dalboni

Criptomoedas (Capítulo 2/3): A Nova Moeda Digital – Entenda os Riscos e as Oportunidades

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Criptomoedas (Capítulo 2/3): A Nova Moeda Digital – Entenda os Riscos e as Oportunidades Moeda ilustrativa representando, o Bitcoin.

Criptomoedas (Capítulo 2/3): A Nova Moeda Digital – Entenda os Riscos e as Oportunidades


Nos últimos anos, uma inovação tem chamado a atenção no cenário financeiro global: as criptomoedas. Imagine uma forma de investimento que abandona o dinheiro físico e os bens tangíveis tradicionais, operando exclusivamente no ambiente online. As criptomoedas atraem um espectro amplo de investidores, desde aqueles com maior tolerância ao risco até os mais conservadores.

Um dos aspectos mais complexos das criptomoedas reside na ausência de uma regulamentação global unificada. Essa falta de padronização regulatória gera incertezas sobre a legalidade e o tratamento desses ativos em diferentes países. Tal cenário dificulta a entrada de grandes corporações no mercado e pode representar um risco adicional para investidores iniciantes. Por outro lado, essa descentralização do controle, fora da alçada total dos governos, impulsionou o crescimento livre e rápido das criptomoedas, fomentando a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias dentro da própria comunidade de usuários. Essa trajetória assemelha-se à fase inicial da internet, marcada por experimentação e novidades constantes. Atualmente, as plataformas de negociação de criptomoedas estão se aprimorando, tornando a compra e venda mais acessíveis e facilitando a compreensão do seu funcionamento.

Nos últimos dois anos, observamos um aumento significativo no investimento de grandes empresas em criptomoedas, culminando até mesmo no surgimento de ETFs (fundos de índice) que incluem criptoativos como o Bitcoin. Essa novidade simplifica o acesso ao mercado de criptomoedas para investidores tradicionais, permitindo a alocação de capital de forma mais familiar e potencialmente segura.

Apesar do crescente interesse, é crucial reconhecer a alta volatilidade dos preços das criptomoedas. A maioria dos investidores nesse mercado é composta por pequenos participantes, indivíduos como você e eu, que estão dando os primeiros passos. Essa característica torna os preços altamente suscetíveis a notícias e tendências do momento. Por exemplo, o comportamento do Bitcoin, em certos momentos, assemelha-se ao de ações de empresas de tecnologia consideradas de maior risco. Isso nos alerta para a possibilidade de que uma queda acentuada no mercado de tecnologia possa impactar negativamente o preço do Bitcoin. Portanto, é fundamental avaliar a resiliência do mercado de criptomoedas diante de possíveis crises.

Existem fragilidades importantes a serem consideradas. A disponibilidade de plataformas de negociação seguras e com regulamentações claras ainda não é universal. Além disso, a utilização de criptomoedas em operações financeiras mais complexas, como opções de investimento, não é tão simples e segura quanto em mercados tradicionais. Infelizmente, a disseminação de golpes que prometem retornos rápidos e fáceis continua sendo uma ameaça real para os investidores.


Contudo, o Bitcoin apresenta uma característica distintiva: sua oferta é limitada a 21 milhões de unidades. Essa escassez digital o diferencia das moedas fiduciárias tradicionais, que podem ter sua emissão aumentada, levando à perda de valor ao longo do tempo (inflação).

Para os investidores em criptomoedas, uma medida de segurança fundamental é aprender a custodiar seus próprios ativos, evitando a dependência de terceiros. Essa prática assemelha-se a possuir a chave do seu próprio cofre digital, em vez de depositar todas as economias em um banco. A autocustódia pode ser realizada através de dispositivos específicos (carteiras de hardware) ou softwares, conferindo maior controle e mitigando o risco de perdas decorrentes de problemas em plataformas de negociação ou ataques cibernéticos.

Outro tópico relevante são as Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs). Embora distintas de criptomoedas como o Bitcoin, as CBDCs representam também uma forma de dinheiro digital, porém emitido e controlado por autoridades governamentais. A implementação das CBDCs pode transformar a maneira como realizamos pagamentos, como os governos conduzem a política econômica e como nossos dados financeiros são monitorados. O debate sobre os impactos na privacidade, na segurança dos fundos e no sistema financeiro como um todo ainda está em andamento.

Em suma, as criptomoedas representam uma modalidade de investimento inovadora e com potencial transformador. Assim como qualquer outro tipo de ativo, como ações ou imóveis, as criptomoedas exigem estudo e compreensão aprofundados. É essencial avaliar cuidadosamente os riscos e determinar se elas se alinham ao seu perfil de investidor, seja com o objetivo de obter ganhos a curto prazo ou de construir um patrimônio a longo prazo. O universo dos investimentos digitais está em constante evolução, e a prudência e o conhecimento são pilares para uma jornada bem-sucedida.

 


Nas próximas semanas, aprofundaremos mais sobre este tema.  

Criptomoedas (Capítulo 1/3): Uma Nova Fronteira no Universo de Investimentos.

Criptomoedas (Capítulo 3/3): Entre a Promessa e a Prudência no Mercado Financeiro



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