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domingo, 8 dez, 2024

Brasil

Horário de verão deve ser decidido nesta quarta, 16

Medida deve ser implantada como principal alternativa para  reduzir os impactos da seca extrema no sistema de energia

 

Nesta quarta-feira, 16, o Ministério de Minas e Energia (MME) deve  anunciar a decisão final do governo sobre o retorno ou não do horário de verão ainda em 2024. A medida vem sendo analisada como principal alternativa para reduzir os efeitos da seca extrema que tem impactado o sistema de energia. Hoje, às 13h30m, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vai dar uma entrevista coletiva à imprensa para falar sobre o tema com mais detalhes.

 

De acordo com informações do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 75 anos. No entanto, a volta do horário de verão também será embasada pelo relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ainda sob análise do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cujo estudo está focado na garantia da segurança energética do país. Ele tem defendido a implementação da medida, mas segue um tom mais cauteloso para evitar polêmicas. Na semana passada, Alexandre  comentou que avalia a “imprescindibilidade” do retorno neste ano, mas, caso não seja constatada a necessidade imediata da medida, a mudança pode ficar para 2025, o que é mais provável.

 

No mês passado, outro relatório do ONS recomendou a retomada, justamente alegando que a adoção do horário de verão pode diminuir a pressão sobre o Sistema Interligado Nacional (SIN) durante o horário de pico, no fim da tarde. O documento afirma que a medida pode resultar em redução de até 2,9% da demanda, além de gerar economia de cerca de R$400 milhões nos custos de operação entre os meses de outubro e fevereiro.

 

No entanto, alguns setores da economia não querem o retorno do horário de verão. Representantes de companhias aéreas manifestaram apreensão em relação à mudança ainda neste ano. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a implementação provocaria alterações em horários de voos e conexões já comercializados, bem como outros transtornos para passageiros e tripulações.

 

O ministro revelou, ainda, que caso a volta do horário de verão seja adotada ainda em 2024, sua implementação deveria acontecer até o início de novembro, mês que mais demanda energia. No entanto, se a decisão for tomada nesta semana, então o prazo para entrar em vigor seria de 15 a 20 dias.

 

O horário de verão tem como objetivo adiantar os ponteiros do relógio em algumas regiões do país. Antes de ser extinto em abril de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a medida era adotada entre os meses de outubro e fevereiro nas seguintes unidades federativas: Distrito Federal; Espírito Santo; Goiás; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais; Paraná; Rio de Janeiro; Rio Grande do Sul;Santa Catarina; e São Paulo.

 

Foto: Imagem Pública