Avanço da capacidade de geração é reflexo de investimentos na infraestrutura de parques eólicos, em especial no Nordeste
O Brasil alcançou um recorde na “geração média horária” de energia eólica, às 23h, do dia 3 de novembro deste ano, quando foi registrado 23.699 megawatts médios (MWmed). No dia seguinte um novo recorde foi batido, desta vez de “geração média diária”, com 18.976 MWmed. Os resultados são um indicativo do avanço da energia eólica como uma fonte relevante para a matriz energética do Brasil, que tem investido no fornecimento sustentável de energia.
Os ganhos de geração energética eólica são resultado da ampliação da infraestrutura de parques eólicos, em especial no Nordeste, região responsável pela maior parte do crescimento no Brasil; associada a condições meteorológicas favoráveis.
Segundo o Sistema de Informações de Geração (SIGA), da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), atualmente, o Brasil conta com uma capacidade instalada total de usinas eólicas de, aproximadamente, 33 mil megawatts (MW), o que representa cerca de 13,5% da matriz elétrica nacional.
Os recordes refletem a eficácia das políticas públicas de incentivo às tecnologias renováveis, além de destacarem o compromisso do Brasil com a transição energética, em alinhamento com os objetivos globais de sustentabilidade. Com os resultados positivos novos investidores são atraídos, e a dependência de combustíveis fósseis é diminuída. O mercado de trabalho gerado pelo sistema de geração eólica também é impactado pela ampliação da oferta de empregos e renda.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME) a contribuição da energia eólica auxilia na preservação dos reservatórios hidrelétricos, que enfrentam desafios gerados pelos períodos de seca mais intensos. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) informou que o País atravessou o pior período de evolução temporal da seca, segundo o Índice de Precipitação-Evapotranspiração Padronizado (SPEI).
O Brasil tem assumido um protagonismo cada vez maior no mercado global de energia renovável, reafirmando a sua liderança no setor, que tem na energia dos ventos uma fonte inesgotável de progresso e desenvolvimento sustentável.