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domingo, 6 out, 2024

Kosovo tem ressalvas ao acordo de paz da UE com a Sérvia

Primeiro-ministro de Kosovo
REUTERS/Fedja Grulovic

Da Agência Reuters

 

O primeiro-ministro de Kosovo, Albin Kurti, disse nesta segunda-feira que aceita uma proposta de plano da União Europeia com o objetivo de normalizar as relações com a Sérvia, apesar das preocupações com as exigências ocidentais de dar mais direitos à população sérvia da região, que até agora impediram um acordo de paz.

No mês passado, enviados ocidentais disseram a Kosovo e à Sérvia que eles deveriam declarar se aceitam um plano de 11 pontos destinado a aliviar as tensões persistentes desde a guerra de 1998-99, ou enfrentar repercussões da UE e dos Estados Unidos.

Kosovo declarou independência da Sérvia em 2008, uma década depois do início de uma guerrilha contra o governo de Belgrado. Na última década, os dois têm mantido negociações de normalização sob a mediação da UE, com seu sucesso sendo a chave para as aspirações de Pristina e Belgrado de ingressarem no rico bloco continental.

O plano de 11 pontos pede a implementação de acordos anteriores, incluindo a criação de uma associação de municípios semiautônomos de maioria sérvia à qual Kurti se opôs, dizendo que isso efetivamente dividiria o país em linhas étnicas, uma crítica rejeitada pelos mediadores ocidentais.

“Aceitamos a proposta da UE para a normalização das relações entre Kosovo e a Sérvia e a consideramos uma boa base para mais discussões e uma plataforma sólida para avançar”, tuitou Kurti depois de se encontrar com o enviado da UE, Miroslav Lajcak, em Pristina.

Kosovo em 2013 prometeu dar mais autonomia aos sérvios locais, que se recusam a reconhecer a independência que aconteceu em 2008, por meio de uma associação, como parte de um acordo de paz. No entanto, o mais alto tribunal de Kosovo disse que algumas partes do acordo violavam a Constituição e deviam ser alteradas antes de entrar em vigor.