Setor quase metade da pauta exportadora total do Brasil no período, com 49,2% de participação
O mês de outubro foi de recorde para as exportações do agronegócio brasileiro, que somou US$ 14,27 bilhões. A cifra representa um crescimento de 6,2%, diante dos US$ 13,43 bilhões comercializados em outubro de 2023. Esse resultado vem acompanhado do aumento do índice de quantum das exportações (+3,7%) e do índice de preço (+2,5%).
O secretário da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, ressaltou que as exportações do Brasil têm no agronegócio metade do seu volume comercializado para o exterior.
“Se olharmos para a quantidade de produtos exportados, o Brasil só vem aumentando. Se observarmos os dados de janeiro a setembro de 2024, nossas exportações caíram 0,2%, mas, com os dados até outubro e com o crescimento de 6,2% que tivemos, já revertemos a tendência e, hoje, de janeiro a outubro, o agro está crescendo 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O nosso agronegócio representa basicamente metade de tudo o que o Brasil exporta”, disse Rua.
Entres os setores exportadores que mais se destacaram, segundo a SCRI/Mapa, estão: soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais, café e cereais, farinhas e preparações, que somaram o equivalente a US$ 11,80 bilhões (82,7%) da pauta exportadora do agro brasileiro, em outubro deste ano.
Quanto aos embarques, também foram verificados avanços em inúmeros produtos, como açúcar de cana em bruto (+ 1,00 milhão de toneladas), farelo de soja (+ 452,56 mil toneladas), celulose (+ 423,43 mil toneladas), carnes (+ 190,67 mil toneladas).
As exportações de carnes baterem US$ 2,62 bilhões, em outubro de 2024 (+38,6%), com as vendas externas de proteína somando US$ 729,75 milhões em termos absolutos. O desempenho do setor contribuiu para compensar a queda nas exportações de grãos (soja e milho, principalmente). A carne bovina, foi o grande destaque do segmento, registrando US$ 1,36 bilhão, do qual US$ 1,26 bilhão foi de carne bovina in natura. O valor exportado representa um recorde histórico, sendo o seu equivalente em volume, 270,33 mil toneladas de carne bovina in natura, também recorde.
As exportações do açúcar brasileiro continuam subindo. Em outubro, foram embarcadas 3,73 milhões de toneladas de açúcar (+29,8%), que, ao preço mais baixo, de US$ 473 por tonelada (-11,8%), resultaram em US$ 1,76 bilhão.
O setor cafeeiro também bateu recorde de exportação, embarcando US$ 1,40 bilhão ao exterior, em outubro deste ano (+61,1%), somando um valor de US$ 529,84 milhões superior a outubro do ano passado. As vendas externas de café verde bateram recorde de valor e quantidade, US$ 1,31 bilhão (+62,7%) e 279,26 mil toneladas (+12,0%), respectivamente.
Além desses, a pautas exportadora nacional também registrou bons resultados em valor absoluto com os seguintes produtos: sucos de laranja, algodão não cardado nem penteado, bovinos vivos, feijões secos, óleo essencial de laranja, que foram responsáveis por uma expansão de US$ 362,01 milhões nas exportações de outubro entre um ano e outro.
Acumulado do ano (comparativo janeiro-outubro/2024 – janeiro-outubro/2023)
Entre janeiro e outubro deste, as exportações do agro nacional somaram US$ 140,02 bilhões – o que representa um avanço de 0,7% diante dos US$ 139,62 bilhões exportados no mesmo mês de 2023. Atingiu-se, portanto, um valor recorde exportado para os meses de outubro.
A marca foi fortemente influenciada pela elevação do volume embarcado (índice de quantum), que subiu 6,6%. Já o índice de preços, no entanto, registrou queda de 5,9%, reduzindo a possibilidade de o Brasil registrar um valor ainda mais expressivo nas exportações.
O setor do agronegócio representou quase metade da pauta exportadora total do Brasil no período, com 49,2% de participação.