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sexta-feira, 6 dez, 2024

ECONOMIA

Estudo da CNI mostra que 64% têm boa avaliação da infraestrutura da Região Sudeste

Na sondagem, empresários industriais classificam 9% como ótima e 55% como boa, contra 31%, como regular; 3%, ruim; e 2%, péssima

A infraestrutura da Região Sudeste foi bem avaliada pela maioria dos empresários ouvidos em um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta terça-feira (15). Segundo a CNI, entre os empresários industriais entrevistados, 9% classificaram como ótima e 55% como boa a infraestrutura da região, somando 64% de avaliação positiva, contra 31%, como regular; 3%, ruim; e 2%, péssima.

Terceiro de uma série de cinco produzidos pela CNI, o estudo “Panorama da Infraestrutura – Região Sudeste” tem como objetivo verificar as condições de infraestrutura nas regiões nacionais, identificando gargalos e demandas do setor industrial. A pesquisa reúne informações sobre os modais de transporte, setor de energia, saneamento básico e telecomunicações.

Sobre o relatório, o presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que que, a partir dos dados, a instituição pretende contribuir para a ampliação e fortalecimento da infraestrutura no Sudeste; que, uma vez qualificada, impacta de forma positiva a indústria e a economia do Sudeste.

“O setor produtivo brasileiro sente o elevado déficit de infraestrutura e os efeitos da deterioração das condições nessa importante área da economia. Estradas sem conservação, energia cara e restrições para o acesso aos principais portos repercutem diretamente na competitividade da indústria nacional e na atração de investimentos para o país”, disse Alban, conforme veiculou a Agência Brasil.

A Região Sudeste, de acordo com a CNI, é responsável por 52% do PIB industrial brasileiro, o que exige a modernização dos acessos portuários, além da otimização da exploração de petróleo no pré-sal e aproveitamento de fontes renováveis, como as hidrelétricas.

“Os maiores problemas de infraestrutura no Sudeste estão associados ao transporte rodoviário e às condições de acesso marítimo aos principais portos. A precariedade das rodovias públicas e o comprometimento da capacidade no Porto de Santos preocupam o setor industrial”, comentou o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, acrescentando que a realização de investimentos na infraestrutura no Brasil é um trabalho complexo, dadas as suas dimensões continentais: “Cada região tem suas particularidades e, portanto, diferentes estratégias devem ser adotadas para atender às necessidades locais, promovendo a eficiência e sustentabilidade dos projetos”, complementou Roberto Muniz.

Segundo o relatório da CNI, para que o Sudeste supere os seus gargalos logísticos, a realização de obras de manutenção, adequação e expansão de corredores logísticos estratégicos, como a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), as BRs 381, 116, 101, 262, e a Terceira Via de Ligação entre a Baixada Santista e a capital paulistana, devem ser prioridade.

Obras paradas
Segundo a Agência Brasil, dos 4.325 contratos analisados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), no Rio de Janeiro (RJ), Espírito Santo (ES), Minas Gerais (MG) e São Paulo (SP) 2.338 (54%) estão com as suas obras paradas, com os setores de saneamento básico e transportes, sendo os mais prejudicados.

Novo PAC
Visando ultrapassar muitos desses gargalos, o Governo Federal anunciou em agosto de 2023, a Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com os investimentos previstos de R$ 1,7 trilhão para todos os estados brasileiros. Desse total, R$ 759,7 bilhões são destinados para obras, serviços e empreendimentos na Região Sudeste.