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sexta-feira, 6 dez, 2024

BRASIL

Em 10 anos, hidrelétricas devem responder por menos da metade da geração de energia do Brasil

 Em contrapartida, até 2024, fontes de energia, como solar, eólica e termelétrica devem aumentar a sua participação no portifólio nacional

Um estudo elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que, em dez anos, as usinas hidrelétricas serão responsáveis por menos de 50% na geração de energia elétrica do Brasil. Em contrapartida outras fontes de energia, como solar, eólica e termelétrica devem aumentar a sua participação a partir do aumento dos investimentos no setor até 2034.

Atualmente, a hidrelétricas respondem por, aproximadamente, 55,8%, da energia gerada, sendo a principal fonte energética do Brasil. Segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia 2034, da EPE, a tendência é de que esse predomínio caia para 46,7%, em 2034. O Plano também aborda as perspectivas da expansão do setor de energia no período, com a eólica avançando de 15% para 17,2% a sua participação em 2034; e a solar de 3,4% para 5,8%.

O destaque ficará por conta do gás natural, que terá quadruplicada a sua participação, com as usinas termelétricas não renováveis, passando dos atuais 2,9% para 6,4%. A nuclear, por sua vez, também terá uma maior expressão no portifólio energético nacional: de 1,8% para 2,4%, com a conclusão das obras da usina nuclear Angra 3 em 2029.

O PDE prevê que, na próxima década, o consumo de energia elétrica subirá 37%. Enquanto isso, a demanda por energia também deve ser pressionada em quase 25%. Para dar conta do aumento da demanda, o setor deve receber R$ 3,2 trilhões em investimentos nos próximos dez anos, distribuídos em petróleo e gás, com R$ 2,5 trilhões; energia elétrica, R$ 597 bilhões, e biocombustíveis líquidos, com R$ 102 bilhões em investimentos.

“É isso que torna a nossa transição energética mais justa e mais inclusiva. Isso é criação de emprego e renda, é ênfase numa indústria competitiva, é incentivo às novas tecnologias energéticas, isso é combate à pobreza energética”, comentou o ministro Alexandre Silveira no evento de lançamento do PDE, nesta sexta-feira (8), segundo O Globo.

O Plano Decenal de Expansão de Energia também prevê que a expansão do setor elétrico deve demandar 58% a mais de minerais estratégicos, como cobre, níquel, cobalto, silício, lítio e zinco.

Hidrelétrica de Jirau em Rondônia (RO)- Flickr