O dólar fechou em alta nesta segunda-feira, 9, atingindo novamente mais recorde de valor nominal, R$6,0820. Até a data, o maior valor de fechamento havia sido registrado na última sexta-feira, 6, quando chegou a R$6,07. Com o resultado, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,18% na semana; ganho de 1,36% no mês; e avanço de 25,34% no ano.
A alta do dólar preocupa, já que ocorre no momento em que investidores esperam os novos dados de inflação, tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Além disso, existe a expectativa pela próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), prevista para quarta-feira, 11. Portanto, com dados que prometem uma inflação elevada no Brasil, a estimativa dos agentes do mercado financeiro é que aumentem de novo a taxa básica de juros (Selic).
Já fora do Brasil, o mercado segue aguardando as novas decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), bem como os próximos movimentos do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que já declarou que vai focar num aumento de impostos para os parceiros comerciais norte-americanos.
Outro ponto de tensão está relacionado à Ásia, em que novos dados de preços ao consumidor, além do atacado da China, voltaram a sinalizar que a economia do gigante asiático não está indo tão bem como antes, fazendo, inclusive, com que o governo do país anunciasse mais incentivos fiscais e monetários para 2025. Vale destacar, ainda, que as tensões geopolíticas na Síria também podem colaborar para os altos e baixos da economia.
