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quarta-feira, 4 dez, 2024

economia

Dólar dispara e bate R$ 5,76, alcançando maior patamar em mais de três anos

Moeda norte-americana teve alta de 0,92%, cotada a R$5,7610. Foto: Freepik

 

Nesta terça-feira, 29 de outubro, o dólar fechou em alta e bateu os R$5,76, no maior patamar desde 30 março de 2021, quando fechou em R$5,7613. Diante disso, investidores seguem à espera de um novo anúncio de corte de gastos por parte do governo. No mesmo dia, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou que segue em reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros representantes do governo para debater a questão, mas, no entanto, não há previsão para divulgação do novo pacote fiscal com corte de despesas públicas.

 

Entretanto, Haddad havia sinalizado, nas últimas semanas, que a equipe econômica poderia lançar novas medidas estruturais para reduzir os gastos públicos após as eleições municipais. Com isso, o mercado passou a esperar um pacote fiscal com corte de até R$60 bilhões — o que ajudaria o governo a passar uma maior credibilidade, isso caso o ajuste fiscal ficasse em torno de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, as eleições dos Estados Unidos criam um ambiente de incertezas ainda maior ao cenário econômico brasileiro.

 

Já a agenda de indicadores, segundo o Banco Central do Brasil (BC), revela que os investimentos diretos no Brasil foram menores que o projetado em setembro, alcançando US$5,23 bilhões contra uma expectativa de US$5,60 bilhões. Além disso, as transações correntes do país — soma das balanças comercial e de serviços e de transferências unilaterais entre os países — tiveram um déficit de US$6,53 bilhões, num índice pior do que as estimativas, que esperavam um déficit menor, de US$5,0 bilhões.

 

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda de 0,37%, aos 130.730 pontos. Na véspera, o índice oscilava, encerrando em alta de 1,02%, aos 131.213 pontos.