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sábado, 14 set, 2024

Economia

Eike Batista participa do 23º Fórum Empresarial e apresenta o projeto de ‘cana celulose’

eike batista
Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil

Eike Batista participa do 23º Fórum Empresarial e apresenta o projeto de ‘cana celulose’

O fundador do naufragado Império X, o empresário Eike Batista está de volta ao cenário dos negócios e das participações em entrevistas, eventos e podcasts. O empresário participou, na última sexta-feira (16), do 23º Fórum Empresarial, promovido pelo grupo Lide, no Fairmont Rio de Janeiro Copacabana, na Zona Sul da cidade. Eike apresentou um dos seus atuais projetos: o desenvolvimento da “cana celulose”, ao qual, segundo ele, se dedica desde 2015.

Batista subiu ao palco do evento, após ser apresentado pelo ex-integrante do ministério do primeiro governo Lula, Fernando Furlan. Fernando, pertence à família fundadora da Sadia, disse que a presença do empresário representava um “resgate”.
À plateia de empresários e autoridades, Batista enfatizou que tem se dedicado ao projeto da “cana celulose” há nove anos. Eike explicou que, com o aprimoramento da tecnologia de melhoramento egenético será possível criar uma planta capaz de produzir, 180 toneladas por hectare, em média e ao longo de dez anos. Atualmente, a cana de açúcar nacional tem uma produção de 78 toneladas por hectare, na média.

Com a sofisticação do vegetal, destacou Eike Batista, também será possível elevar a produção de duas a três vezes de etanol e de sete a dez vezes de bagaço. O projeto do empresário prevê ainda a otimização do aproveitamento dos resíduos da produção de açúcar e etanol.
O bagaço da “cana celulose”, de acordo com Eike Batista, também poderá ser aproveitado como insumo para a fabricação de papel. Atualmente, a principal fonte de celulose para o papel é o eucalipto. O bagaço otimizado também poderá ser empregado na fabricação de roupas e plásticos.
Eike Batista definiu como desperdício, o uso de bagaço de cana em pequenas termelétricas para abastecer outras usinas e gerar energia para a rede nacional.

“O Brasil com a biomassa que tem, em vez de queimar (para produzir eletricidade) a US$ 20, poderia substituir o plástico do planeta. Meu pai (o ex-presidente da mineradora Vale Eliezer Batista) diria que isso é dar caviar para crocodilo”, disse Eike Batista, conforme reproduziu O Globo.

Patricia Lima