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segunda-feira, 13 jan, 2025

Dallagnol diz que foi ‘entregue’ por vaga no STF

Dallagnol
Tomaz Silva/Agência Brasil

 

O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou que os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “combinaram” cassar seu registro de candidatura antes mesmo da votação em plenário. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira, 24, Dallagnol afirmou que o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, deu seu voto com o objetivo de obter uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Dallagnol ressaltou que Gonçalves foi alvo de delação na Operação Lava Jato, da qual Dallagnol era procurador. Por isso, argumentou que o ministro deveria se declarar suspeito. No seu voto, Gonçalves considerou que Dallagnol teria pedido demissão para evitar possíveis punições por faltas disciplinares. No entanto, vários juristas contestaram esse argumento. O ex-procurador não estava respondendo a nenhum Processo Administrativo Disciplinar (PAD) quando deixou o cargo. Essa seria a única causa de inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa.

Deltan alegou que a votação no TSE foi combinada. Assim sendo, citou a rapidez com que ocorreu, em apenas 66 segundos, e destacou que essa decisão colocaria em risco a democracia. Ademais, mencionou interesses de ministros em indicações para o STF.

O ex-procurador da Lava Jato também afirmou que a decisão do TSE está fora da hipótese legal e colocou em risco a democracia. Ele argumentou que a lei é clara ao estabelecer a inelegibilidade de membros do Ministério Público que deixem o cargo durante um Processo Administrativo Disciplinar pendente. E garantiu que isso não ocorreu em seu caso.

Dallagnol comparou a situação a acusar pessoas por corrupção com base em fatos que não configuram corrupção. Afirmou também que, inegavelmente, fizeram suposições sucessivas. A isto, chamou de exercício de futurologia combinado com leitura de mente.

 

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