Previsão para crescimento da economia sobe, oscilação do dólar e da Bolsa, além de anúncio do Governo em Orçamento de 2024 são alguns dos destaques desta semana
Que tal se manter por dentro da semana que passou em relação aos assuntos que envolvem o tema economia no Brasil e no mundo? Confira os principais destaques que a Tribuna da Imprensa separou para você se manter atualizado!
1 – Previsão para crescimento da economia brasileira sobe para 2,96%
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 2,68% para 2,96%. A estimativa foi divulgada pelo Boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.A revisão de 0,28 ponto percentual para cima ocorreu após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) do segundo trimestre do ano, que surpreendeu e subiu 1,4% em comparação ao primeiro trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta foi de 3,3%. Para 2025, a expectativa para o PIB permaneceu em 1,9%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro também projeta expansão do PIB em 2%, para os próximos dois anos.
2 – IGP sobe durante o mês de setembro
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,18% em setembro, desacelerando em relação à alta de 0,72% registrada no mês anterior. Com esse resultado, o índice acumula aumento de 2,54% no ano e de 4,25% nos últimos 12 meses. Em setembro de 2023, o IGP-10 havia registrado a mesma variação mensal de 0,18%, porém acumulava uma queda de 6,35% no período de 12 meses.
3 – Governo anuncia bloqueio no Orçamento de 2024
O governo anunciou um bloqueio de R$2,1 bilhões no Orçamento de 2024 para manter a meta de gastos do arcabouço fiscal. Os R$2,1 bilhões são somados aos R$11,2 bilhões já bloqueados pelo governo no último bimestre, em julho.Só que o governo anunciou também reversão de R$3,8 bilhões contingenciados no terceiro bimestre. Com o aumento de R$2,1 bilhões do valor bloqueado e a reversão dos R$3,8 bilhões contingenciados, a contenção total, agora toda em bloqueios, diminuiu em R$1,7 bilhão em relação ao 3º bimestre, passando de R$15 bilhões para R$13,3 bilhões.
4 – Dólar fecha a semana em alta depois de oscilações ao longo da semana
Depois de registrar quedas por sete dias seguidos, o dólar voltou a subir na última sexta-feira, 20 de setembro. A moeda americana fechou o dia em alta e foi a R$5,52. O aumento da divisa americana sobre o real foi de 0,10 centavos quando comparado ao valor registrado no dia anterior. Na última quinta-feira, 19 de setembro, o dólar americano foi cotado a R$5,42, o câmbio mais baixo desde o dia 19 de agosto, quando foi cotado a R$5,41. No geral, a semana fechou positiva, pois a queda acumulada do dólar frente ao real foi de 0,83%.
5 – Ibovespa tem semana difícil e cai pelo quarto dia consecutivo
Na sexta-feira, o Ibovespa caiu pelo quarto dia consecutivo, com queda de 1,59%, fechando a semana aos 131.010 pontos. Trata-se do pior desempenho desde o dia 9 de agosto. Naquela oportunidade, a bolsa brasileira registrou 130.614 pontos. A queda desta sexta-feira comprovou que houve uma oscilação para baixo durante toda a semana.
6 – COPOM inicia movimento de aperto na taxa Selic
Dois meses após encerrar o ciclo de cortes nos juros, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) fez o oposto nesta e deu início a um movimento de aperto na taxa Selic. Em decisão unânime, Roberto Campos Netos, presidente do BC, e seus diretores elevaram os juros em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. Essa é a primeira vez que o Copom sobe a Selic em mais de dois anos — o último ajuste para cima foi em agosto de 2022. A alta ocorre a despeito da deflação registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, mas já era antecipada pelo mercado após a deterioração das projeções inflacionárias.
7 – Tesouro Direto: taxas ‘explodem’ diante do risco de mais apertos na Selic
As negociações do Tesouro Direto ficaram entre suspensões e retomadas das negociações na última sexta-feira, 20, diante da disparada das taxas. A Secretaria do Tesouro Nacional sempre adota essa medida quando os papéis estão com juros oscilando muito dentro de um mesmo pregão. As taxas dos títulos atrelados à inflação adotaram trajetória “explosiva” hoje, dia em que o movimento de fuga do risco imperou nos mercados globais.
O Tesouro IPCA + com vencimento para 2029 fechou o dia com retorno real de 6,66%, alta de 1,8 ponto sobre o fechamento de ontem, a R$3.211,14 o preço unitário. O Tesouro Selic com mesmo prazo de vencimento, por sua vez, encerrou a sessão com retorno de 0,1416% acima da taxa básica.