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quarta-feira, 4 dez, 2024

Brasil

Censo aponta melhor desempenho de cotistas do que não cotistas em universidades

Segundo estudo 51% dos alunos cotistas concluíram o curso no qual ingressaram, contra 41% dos não cotistas - Auditório da Uerj / Wikimedia Commons
Segundo estudo 51% dos alunos cotistas concluíram o curso no qual ingressaram, contra 41% dos não cotistas - Auditório da Uerj / Wikimedia Commons

 

Brasil tem quase 10 milhões de alunos matriculados na rede superior de ensino, número abaixo dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

O Censo da Educação Superior mostrou que os alunos cotistas apresentaram melhor rendimento acadêmico que os não cotistas, no ano letivo de 2023. De acordo com o estudo, 51% dos alunos cotistas concluíram o curso no qual ingressaram, contra 41% dos não cotistas. A avaliação foi feita junto a universidades e instituições federais.
A rede particular de ensino superior apresentou resultado semelhante, com os alunos que ingressaram nas universidades via programas federais, como Prouni, que destina bolsas de estudo para estudantes de baixa renda; e Fies, que financia mensalidades; foram mais bem-sucedidos do que aqueles que ingressaram por concurso.
Entre os estudantes que utilizaram o Prouni, o índice de conclusão do curso foi de 58%, contra 36% dos estudantes que não contaram com a bolsa. No caso do Fies, 49% dos beneficiados pelo financiamento concluíram as suas graduações, ante 34% dos que não utilizaram o recurso.
Quase 10 milhões de universitários
Um levamento realizado pelo Ministério da Educação e divulgado, nesta quinta-feira (3), mostrou que, em 2023, o número de estudantes matriculados em cursos de ensino superior aumentou 5,6%, na comparação com 2022, somando 9,9 milhões de alunos. O avanço foi o maior registrado em nove anos.
De acordo com o Censo da Educação Superior, o Brasil registrou 9.976.782 matrículas em cursos de graduação, presenciais ou a distância, com número dos últimos se aproximando dos presenciais a cada ano. Ao todo, os alunos on-line somaram 4.913.281 matrículas, o que representa 49% do total. A diferença entre as duas modalidades é de 150.220 matrículas.
Apesar do avanço do número de matriculados no ensino superior, de acordo com O Globo, a média brasileira ainda está abaixo dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No Brasil, somente 22% dos estudantes entre 25 e 34 anos são graduados, contra a média global de 47,4%.
A rede se ensino superior do Brasil conta com 2.580 instituições: 2.264 particulares e 316 públicas, com as primeiras concentrando o maior número de estudantes matriculados: 79,3%, ou 7.907.652 alunos.

Patricia Lima