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quarta-feira, 4 dez, 2024

Brasil

Brasil não corre risco de crise energética em 2024, afirma ministro de Minas e Energia

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia - Flickr
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia - Flickr

Alexandre Silveira disse que, no momento, o governo federal avalia medidas para reduzir o impacto das tarifas ao consumidor

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (12), que o Brasi não corre risco de crise energética em 2024, não havendo, portanto, previsão de racionamento de energia. Segundo Silveira, no momento, o governo federal avalia medidas para reduzir o impacto das tarifas ao consumidor.
As declarações de Alexandre Silveira foram dadas, na capital paulistana, durante a sua participação em um evento sobre medidas de otimização dos serviços prestados pela empresa italiana Enel Distribuição São Paulo. A reunião contou com a participação do ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto Prichetto Fratin.
“Esse ano não teremos problema energético. Não teremos racionamento. Nós estamos com segurança energética garantida. O que se discute agora são quais medidas devemos tomar para que o Brasil continue tendo essa segurança energética e que ela tenha o menor impacto tarifário para o consumidor. É muito simples a gente ter 100% de segurança energética, basta você ter 100% de [energia] térmica no Brasil, só que isso tem um custo muito elevado”, afirmou o ministro, segundo a Agência Brasil.
O Silveira admitiu, no entanto, que a situação hidrológica atual preocupa o governo para 2025. “Quando dizem: 2025 é preocupante? 2026 é preocupante? Diante do cenário climático hidrológico que nós vivemos hoje, sempre o ministro tem que tratar como preocupante. Não haverá negligência por parte do nosso governo”, comentou Alexandre Silveira, adiantando que leilões para compra de energia térmica devem ser realizados em breve, pois o governo pretende dobrar, até 2031, o parque nacional, que hoje tem capacidade de cerca de 20 gigawatts (GW).
“Infelizmente, temos que dobrar o parque térmico por causa dos efeitos climáticos, a temperatura está subindo. O Brasil nunca tinha consumido, antes de setembro deste ano [2024], 105 gigawatts em uma tarde de energia. A média é 85”, complementou o ministro.
Investimentos da Enel
Em 2024, várias regiões de São Paulo foram prejudicadas por uma série de apagões. A concessionária Enel Brasil apresentou ao ministro uma série medidas para melhorar os serviços prestados no estado. A companhia também responde pela distribuição de energia em áreas do Rio de Janeiro e Ceará.
Na área de São Paulo, a companhia está investindo mais de R$ 2 bilhões anuais, principalmente na expansão e modernização da rede – um avanço da capacidade de investimento de 45% que a média anual dos últimos seis anos.
No Ceará, a empresa aportou 45% a mais de recursos, chegando a R$ 1,6 bilhão ao ano. No Rio de Janeiro, até 2026, serão investidos por ano mais de R$ 1,16 bilhão.
Para dar conta dos seus atuais desafios, a Enel Brasil pretende contratar aproximadamente cinco mil colaboradores próprios, até 2026. A companhia também vai comprar 1.650 novos para compor as frotas das três distribuidoras. Este ano, em São Paulo, serão realizadas 600 mil podas na sua área de concessão: 100% a mais do que no ano passado.
As medidas representam adaptações da Enel Brasil ao decreto baixado pelo Ministério de Minas e Energia e publicado em junho. A norma definiu regras mais rígidas para concessões de distribuição de energia elétrica, com diretrizes a serem cumpridas em novos contratos. Nos contratos vigentes, as distribuidoras podem escolher pela adequação ou não às novas regras para renovação da concessão.